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BiD Junta Brasil e Jamaica

Após temporada na terra do reggae, produtor criou disco de caráter binacional

Bruno Raphael Publicado em 18/10/2011, às 16h57 - Atualizado em 25/11/2011, às 12h24

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O produtor BiD
O produtor BiD

A história de Bambas Dois, disco que sai neste mês, começou por acaso, em janeiro de 2010, pela voz de um condutor de pequenos barcos em Kingston, na Jamaica. O produtor Eduardo BiD, após ouvi-lo cantarolando algumas melodias do disco Francisco, Forró y Frevo (2008), de Chico César, pôs em mente a ideia de mesclar não só a música, mas a cultura da nação jamaicana com a da brasileira.

“Esse trabalho teve como lema principal uma busca pela legitimidade, de tornar viva a história por trás das canções”, diz o produtor, responsável, entre outros, por Afrociberdelia (1996), de Chico Science & Nação Zumbi. Em Kingston, BiD participou de jams diárias com músicos locais. O lançamento físico de Bambas Dois virá acompanhado de um livro de xilogravuras, com poemas de cordel e explicações sobre cada instrumento típico usado na gravação. Entre os convidados para o trabalho estão Chico César, Dominguinhos, Karina Buhr e Ky-Mani Marley, filho de Bob Marley. “Chiquinha Hey”, única canção inteiramente em português do álbum, foi escrita por Arnaldo Antunes e é interpretada por Luiz Melodia e Anelis Assumpção, com coro das Negresko Sis (trio formado por Céu, Thalma de Freitas e a própria Anelis). Mas Bambas Dois mantém, na maioria de sua s músicas, uma forte influência nacional. Segundo BiD, o próprio Dominguinhos, em um encontro com Gilberto Gil em 1972, percebeu a semelhança entre o reggae e a música nordestina, sendo necessário apenas “acrescentar um triângulo” às músicas para virarem um baião.