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Britney Aposta Alto com Novo CD

A estrela pop está de volta com disco cheio de hits em potencial

Por Steve Knopper Publicado em 16/06/2011, às 10h36

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<b>LUCRO AO VIVO</b> Sucesso de Britney podem impulsionar a turnê - AP PHOTO/TONY AVELAR
<b>LUCRO AO VIVO</b> Sucesso de Britney podem impulsionar a turnê - AP PHOTO/TONY AVELAR

Quando a superestrela pop Britney Spears lançou o álbum Circus, em 2008, ela tinha muito o que explicar: passagens por clínicas de reabilitação, o fato de ter raspado a cabeça, a internação em uma clínica psiquiátrica e a transferência do controle de sua fortuna para o pai, Jamie Spears. Mas para o novo disco, Femme Fatale, Britney se concentrou em uma única coisa, que foi fazer um trabalho de dance pop arrasador. "Eu sabia que queria fazer um álbum de dance que estivesse à frente de tudo o que há por aí, mas que fosse único para mim, que é o motivo de eu ser tão chata com o processo de gravação", ela conta. Mark Flaherty, vice-presidente sênior de marketing da Jive, gravadora de Britney, complement: "Não vai mesmo haver entrevistas com ela sentadinha ao lado da Oprah. Desta vez vai ser ela mostrando e fazendo o que faz melhor do que qualquer uma - que é se apresentar".

Femme Fatale, lançado no fim de março, foi produzido pelos parceiros de longa data, o gênio pop sueco Max Martin, e Dr. Luke, o mago dos estúdios de Los Angeles. O plano era uma Britney mais eletrônica, mais "suja", de acordo com Luke. "Queria ter certeza de que este álbum seria completamente diferente de Circus ou de qualquer outra coisa que já gravei", diz Britney. "Amo Circus, mas queria algo mais sombrio e ousado."

O conceito deu certo: quando o single "Hold It Against Me" saiu, em janeiro, atingiu imediatamente a posição número 1 no iTunes e, no último mês, "Till the World Ends" pulou para a posição 9 nas paradas norte-americanas. "Você ouve todas aquelas partezinhas que são tão a cara da Britney - 'Essa é a parte em que rola a paradinha para a dança no clipe'", diz John Ivey, diretor de programação da rádio KIIS-FM, de Los Angeles.

Femme Fatale vendeu 276 mil cópias em sua primeira semana, nos Estados Unidos. O número é baixo: só perde para a estreia dela, Baby One More Time (1999), que estreou vendendo ainda menos. Mas comerciantes continuam interessados. No Brasil, Femme Fatale entrou em diversas paradas de lojas virtuais - e "Hold It Against Me", apesar de frequentar as paradas, não chegou a ser um hit do Top 10.

Britney também planeja uma turnê - a que ela fez em 2009 foi a quarta maior do ano, arrecadando US$ 82,5 milhões, de acordo com o site Pollstar. Mas, por causa da recessão que se instaurou, as vendas de ingresso para a segunda fase da excursão caíram, fazendo com que alguns questionassem as chances de sucesso da cantora em uma economia ainda instável. "Ela precisa de tanta produção e os custos são tão altos", diz uma fonte. Os curadores dela - seu pai e um advogado apontado pela justiça - precisam autorizar todos os gastos com os shows previamente, complementa a fonte; é um processo trabalhoso que não é necessário quando se trata da gravação dos álbuns, já que a Jive banca os custos nesse caso.

Ainda assim, julgando com base em Femme Fatale, que inclui "Big Fat Bass", uma parceria com Will.i.am, e faixas com a participação de produtores de destaque, como Benny Blanco e Bloodshy, uma turnê se beneficiaria do forte apoio das rádios conforme mais singles forem sendo colocados em execução. "Espero que a gente consiga emplacar seis singles", diz Luke. "A essência de Britney sempre foi de vanguarda. Se você ouvir 'Piece of Me', 'Toxic', 'I'm a Slave 4 U' e suas coisas mais antigas, vai ver que há uma linha em comum que vai além da voz de Britney cantando. Sinto que Britney é, em si, um idioma próprio. E eu quis respeitar esse idioma, entende?"