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O final de Eastbound & Down tem tudo para ser bom

Rob Sheffield | Tradução: J.M. Trevisan Publicado em 08/11/2013, às 09h03 - Atualizado em 14/03/2014, às 14h40

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Easy rider
McBride brilha no papel de Powers - fred norris/hbo;
Easy rider McBride brilha no papel de Powers - fred norris/hbo;

Será que Kenny Powers vai finalmente conseguir se endireitar? No começo da última temporada de Eastbound & Down (exibida no canal pago HBO Plus), o viciado em sexo, drogas e beisebol está tentando reconstruir a vida. Está conseguindo se manter em um emprego fixo, usando gravata, com uma esposa e dois filhos. Kenny sabe que tem de se esforçar. Como ele mesmo diz: “Vai ser preciso muito sangue, açúcar, sexo e magia”.

Eastbound & Down ainda tem uma força inigualável na TV, porque Kenny Powers (Danny McBride) é o anti-herói perfeito para os nossos tempos, o norte-americano folgado e inconveniente. Ele não é um perdedor adorável – é um mau caráter legítimo, daqueles que se orgulham de ser racista, sexista, homofóbico, viciado e escroto. Eastbound começou em 2009 como uma comédia sobre a crise econômica, com Kenny representando a metáfora perfeita de uma nação em decadência. Um jogador de beisebol cuja carreira profissional afundou, e que se viu obrigado a rastejar de volta para a cidade natal e a trabalhar como professor de educação física. Foi um bem-vindo remédio amargo contra o otimismo de outras histórias com tema esportivo.

A HBO garante que esta será a última temporada, então teremos a chance de ver mais uma gloriosa rodada de depravações de Kenny Powers. Como ele mesmo diz: “Quando a vida vira de ponta-cabeça e fica confusa, bloqueie tudo. Deixe que as duas fábricas de esperma esféricas embaixo do seu pau tomem o controle. Elas não pensam, elas não ficam confusas. Elas simplesmente balançam e atacam”. Para Kenny, isso conta como sabedoria – ou ao menos o mais próximo que ele conseguirá chegar disso.