Os piores impactos da mudança climática estão começando de fato a acontecer, e muito mais rápido do que os cientistas esperavam
No futuro, é possível que historiadores olhem para 2015 como o ano em que a merda realmente começou a bater no ventilador. Alguns exemplos: nos últimos meses, ondas de calor recorde no Paquistão e na Índia mataram mais de mil pessoas. No Parque Nacional Olympic, no estado de Washington, nos Estados Unidos, a floresta pegou fogo pela primeira vez na história recente. Londres chegou a ter 36,5 °C durante o dia mais quente já registrado em um mês de julho no Reino Unido; o site do jornal britânico The Guardian teve de fazer uma pausa na cobertura ao vivo sobre a onda de calor porque os servidores superaqueceram. Na Califórnia, que sofre com a pior seca em um milênio, um incêndio em 20 hectares de mata aumentou sete vezes em questão de horas, atravessando um trecho da rodovia I-15, em Los Angeles, durante o horário de pico do trânsito. Dias depois, a região foi atingida por algumas das chuvas de verão mais intensas já vistas no local. Porto Rico está sob seu mais rigoroso racionamento de água da história enquanto um monstruoso El Niño se forma no Oceano Pacífico tropical, mudando os padrões meteorológicos no mundo inteiro.
Em 20 de julho, James Hansen, ex-climatologista da Nasa que voltou a atenção da sociedade para as mudanças climáticas em 1988, lançou uma bomba: ele e uma equipe de cientistas haviam identificado um mecanismo perto da costa da Antártida que sugere que os níveis médios do mar podem subir dez vezes mais rápido do que o previsto anteriormente – 3,05 m até 2065. Os responsáveis pelo estudo fizeram uma advertência arrepiante: se as emissões de carbono não forem cortadas, “o aumento de vários metros no nível do mar se tornará praticamente inevitável. Os problemas sociais e as consequências econômicas disso podem ser devastadores. Não é difícil imaginar conflitos surgidos de migrações forçadas, e o colapso econômico pode deixar o planeta ingovernável, ameaçando o cerne da civilização”.
Eric Rignot, cientista da Nasa e da Universidade da Califórnia (Irvine) e coautor do estudo encabeçado por James Hansen, afirmou que os novos dados não mudam necessariamente o pior cenário possível no aumento do nível do mar, só tornam mais urgentes a discussão e as ações sobre o tema, especialmente por parte de líderes mundiais. Em particular, diz Rignot, a nova pesquisa mostra que um aumento de 2 graus Celsius na temperatura global – o nível de mudança climática que anteriormente foi classificado como “seguro” – “seria uma catástrofe para o aumento no nível do mar”.
O estudo de Hansen também mostra o quão complicada e imprevisível a mudança climática pode ser. Mesmo com as temperaturas dos oceanos globais atingindo os mais altos níveis já registrados, algumas partes do oceano, perto de onde o gelo está derretendo com rapidez excepcional, estão na verdade se resfriando, desacelerando as correntes de circulação oceânica e bagunçando os padrões climáticos. Michael Mann, outro cientista proeminente, recentemente disse sobre a desaceleração repentina das correntes do Atlântico: “Esse foi mais um exemplo de que as conclusões baseadas nas previsões do modelo climático podem ser conservadoras demais quando se trata do ritmo em que certos aspectos da mudança climática estão ocorrendo”.
Como fenômenos envolvendo tempestades e correntes de ar nos Estados Unidos e na Europa são diretamente afetados pela variação das temperaturas oceânicas, a implicação de um trecho de resfriamento enquanto o resto do oceano esquenta é bastante grave. Tempestades deverão ficar mais fortes e o aumento no nível do mar mais acelerado.
Mas, segundo recentes descobertas, essas nem são as alterações mais perturbadoras ocorrendo com a biosfera da Terra. Para entender quais são elas, é preciso olhar não para o aumento nos níveis do mar mas sim para o que está realmente acontecendo dentro dos próprios oceanos. As temperaturas da água no Pacífico Norte nunca foram tão altas por tanto tempo em uma área tão grande como tem sido observado em 2015 – e isso já está exercendo um profundo efeito sobre a vida marinha.
Roger Thomas, de 80 anos, comanda passeios de observação de baleias a partir de São Francisco, na Califórnia. Em uma excursão neste ano, ele viu 25 baleias-jubarte e três azuis. Em 4 de julho, oficiais federais viram 115 baleias em uma hora perto das ilhas Farallon, na costa californiana – o suficiente para enviar um aviso aos navios. Baleias-jubarte às vezes são vistas na costa da Califórnia, mas raramente tão próximas à praia ou em grupos tão numerosos. Por que estão chegando tão perto? A água excepcionalmente quente tem concentrado o krill (espécies de pequenos crustáceos) e as anchovas das quais essas baleias se alimentam em uma faixa estreita de água costeira relativamente fria. As baleias estão fazendo a festa. “É inacreditável”, disse Thomas a um jornal local. “Elas estão em todo lugar.”
No inverno passado, no norte do Alasca, a mesma parte do Ártico onde a Shell está planejando perfurar para procurar petróleo, cientistas descobriram 35 mil morsas congregadas em uma só praia. Foi o maior “agrupamento fora d’água” de morsas já documentado e um sinal de que está ficando cada vez mais difícil de encontrar gelo, habitat preferido desses animais.
A vida marinha está se mudando para o norte, adaptando-se em tempo real ao oceano em aquecimento. Tubarões brancos foram vistos procriando perto da baía de Monterey, na Califórnia. Nunca haviam ido tão longe no sentido norte, pelo que se sabe. Um marlim-azul foi pego em meados do ano passado perto da ilha Catalina, em Punta Cana – 1.500 km ao norte de sua localização típica. Na Califórnia, foram avistados animais não nativos migrando para o norte, como caranguejos vermelhos.
Nenhuma espécie pode estar tão ameaçada quanto o salmão, uma das mais associadas ao noroeste do Pacífico. A cada duas semanas, Bill Peterson, oceanógrafo e cientista sênior no Northwest Fisheries Science Center da National Oceanic and Atmospheric Administration, no estado norte-americano do Oregon, vai ao mar para coletar os dados que usa para prever o retorno do salmão em meio aos ciclos de procriação. O que tem visto neste ano é profundamente perturbador.
O salmão é crucial para o ecossistema costeiro dele como poucas outras espécies no planeta. Uma parte considerável do nitrogênio nas florestas da Costa Oeste dos Estados Unidos é rastreada até o salmão, que pode viajar centenas de quilômetros rumo ao norte para depositar seus ovos. As maiores árvores da Terra não existiriam sem ele.
No entanto, a situação da espécie é precária. Em 2015, oficiais na Califórnia estão levando o salmão para o sul em comboios de caminhões, porque os níveis dos rios estão baixos demais e as temperaturas quentes em excesso para que esses peixes tenham uma chance razoável de sobrevivência (o salmão começa a vida em água doce, antes de migrar para o mar). Uma espécie, o salmão- -rei, está em um risco especialmente maior de declínio nos próximos anos se a água do mar continuar quente. “Você conversa com os pescadores e tudo o que dizem é: ‘Nunca vimos nada parecido’”, conta Peterson.
Cientistas acreditam cada vez mais que as águas excepcionalmente quentes dos últimos meses são as primeiras indicações de uma mudança de fase na Oscilação Decadal do Pacífico (PDO), um aquecimento cíclico do Pacífico Norte que ocorre algumas vezes a cada século. Fases positivas da PDO duram de 15 a 20 anos, durante as quais o aquecimento global pode aumentar com o dobro da velocidade do que ocorre nas fases negativas. Também tornam a ocorrência do fenômeno El Niño, como o deste ano, mais provável. A natureza das mudanças de fase da PDO é imprevisível – os especialistas simplesmente ainda não descobriram com precisão o que está por trás delas e por que ocorrem quando ocorrem. Não é uma mudança permanente – a temperatura do oceano provavelmente cairá depois dessas altas recordes, pelo menos temporariamente, nos próximos anos –, mas o impacto sobre as espécies marinhas será duradouro e cientistas têm indicado a PDO como uma prévia das consequências do aquecimento global.
“Os modelos de [mudança de] clima previam um aumento suave e lento na temperatura, mas o principal problema que enfrentamos nos últimos anos é a variabilidade muito alta. Como cientistas, não conseguimos acompanhar esse ritmo, e os animais também não”, afirma Peterson. Ele compara o fato a um boxeador sendo massacrado round após round: “Em certo momento, você o nocauteia e a luta acaba”.
Nos últimos dois anos, uma mudança persistente nos ventos sobre o Pacífico Norte originou o que meteorologistas e oceanógrafos chamam de “bolha” – um trecho altamente anormal de água quente entre Havaí, Alasca e Baixa Califórnia que jogou o ecossistema marinho em uma espiral descendente. Em meio a temperaturas mais altas, a quantidade de plâncton despencou e diversas espécies que dependem dele migraram ou decresceram.
Ondas significativas de água quente rumo ao norte já foram registradas antes, com alguma frequência. O El Niño, por exemplo, faz isso de forma previsível, mas o que está ocorrendo este ano parece ser algo novo. Alguns cientistas acham que a mudança dos ventos está ligada ao rápido declínio do gelo no mar Ártico nos últimos anos, o que, como demonstrado por outra pesquisa, faz com que os padrões meteorológicos se percam.
O que é cada vez mais aceito entre os cientistas é o fato de que, em muitos ecossistemas, os impactos das atuais temperaturas anormais no Pacífico Norte perdurarão por anos. O maior oceano da Terra, o Pacífico, está exibindo variabilidade cíclica em extremos maiores do que outras bacias oceânicas. Embora o Pacífico Norte seja atualmente a área de mudança mais drástica nos oceanos do planeta, ele não está sozinho: globalmente, 2014 foi um ano recorde nas temperaturas oceânicas e 2015 está a caminho de bater esse recorde, impulsionado pelo El Niño no Pacífico. Seis por cento dos recifes do mundo podem desaparecer antes do final da década, talvez permanentemente, devido ao aquecimento das águas.
Como os oceanos mais quentes expandem em volume, isso também está levando a um grande aumento no nível do mar. Um estudo recente mostrou uma desaceleração nas correntes do Oceano Atlântico, talvez ligada ao derretimento glacial da Groenlândia, que causou um aumento de 10 cm no nível do mar ao longo da costa nordeste em apenas dois anos, entre 2009 e 2010. Parecia que esse aumento repentino e imprevisto seria apenas temporário, mas cientistas que o estudaram estimaram que é um evento que acontece a cada 850 anos. Ele seria capaz de causar uma aceleração da erosão nas praias “quase tão significativa quanto alguns furacões”.
Possivelmente pior do que as temperaturas crescentes nos oceanos é a acidificação da água. Ela tem efeito direto sobre moluscos e outros animais marinhos com carcaça dura: um estudo no ano passado mostrou que, ao longo da Costa Oeste norte-americana, as conchas de caracóis minúsculos já estão se dissolvendo, com consequências ainda desconhecidas para o ecossistema.
Uma das autoras do estudo, Nina Bednaršek, disse à revista Science que as conchas dos caracóis, danificadas pela acidificação do oceano, pareciam “couves-flores”. Um estudo igualmente impressionante conduzido por mais de uma dezena dos principais cientistas oceânicos do mundo afirmou que o ritmo atual de aumento nas emissões de carbono forçaria uma mudança “efetivamente irreversível” nos ecossistemas oceânicos ainda durante este século.
Devido à pressão que estamos exercendo sobre o ecossistema do planeta – aquecimento, acidificação e a boa e velha poluição –, os oceanos estão prestes a sofrer várias décadas de mudança rápida. Muita coisa pode ocorrer nos próximos anos.
A combinação de nutrientes excessivos do escoamento agrícola, padrões anormais de vento e aquecimento dos oceanos já está criando zonas mortas sazonais em regiões costeiras, quando brotos de alga sugam a maior parte do oxigênio disponível. A aparição de regiões pobres em oxigênio dobrou de frequência a cada dez anos desde 1960 e deve continuar crescendo nas próximas décadas a uma taxa ainda maior.
Até o momento, as zonas mortas permaneceram, na maior parte, perto do litoral, mas no século 21 zonas mortas no oceano profundo podem se tornar comuns. Essas regiões com pouco oxigênio podem gradualmente aumentar de tamanho – e ficar potencialmente com milhares de quilômetros –, o que forçaria peixes, baleias, basicamente todos os animais que vivem no fundo do oceano, a ir para cima. Caso isso ocorra, grandes partes dos oceanos profundos temperados sofrerão com o aumento da camada sem oxigênio, acelerando o aquecimento da superfície do oceano e prejudicando a chegada de água mais profunda e fria, rica em nutrientes, à superfície.
A maior evaporação dos oceanos mais quentes criará chuvas mais pesadas, talvez até desestabilizando o solo e as raízes de grandes florestas, e o escoamento acelerado despejará mais excesso de nutrientes nas áreas costeiras, aumentando ainda mais as zonas mortas. No último ano, tempestades já quebraram recordes em Long Island, Phoenix, Detroit, Baltimore, Houston e Pensacola.
Provas do potencial catastrófico desse cenário vêm também do que aconteceu há 250 milhões de anos, durante o que se chama de “A Grande Agonia”, quando mais de 90% de todas as espécies oceânicas pereceram depois que um jorro de dióxido de carbono e metano de fontes em terra iniciou um período de profunda mudança climática. As condições que ativaram “A Grande Agonia” levaram centenas de milhares de anos para se desenvolver, mas os humanos emitem dióxido de carbono a uma taxa muito mais rápida, então a atual extinção em massa só levou cerca de 100 anos para, acredita-se, começar.
Com todos esses fatores agravantes trabalhando contra, alguns dos ecossistemas mais ricos em espécies nos oceanos podem ser destruídos em algumas décadas. Um estudo recente conduzido por Sarah Moffitt, da Universidade da Califórnia (Davis), disse que o oceano pode levar milhares de anos para se recuperar. “Olhando para frente e pensando no meu filho, as pessoas no futuro não terão o mesmo oceano que tenho hoje”, afirma Sarah.
Como era de se esperar, o fato de terem ingressos de camarote para uma catástrofe ambiental global está sendo um fardo emocional cada vez maior para os cientistas e, em alguns casos, está os levando a se manifestar. Praticamente todos os cientistas entrevistados para esta reportagem – cerca de 20 profissionais – usaram linguagem apocalíptica em algum momento.
Katharine Hayhoe, cientista e evangélica, mudou-se do Canadá para o Texas com o marido, um pastor, exatamente por causa da vulnerabilidade desse estado norte-americano à mudança climática. Lá, ela envolve a comunidade evangélica na ciência, quase como uma missionária faria, mas já está planejando sua estratégia de fuga. “Se continuarmos na rota atual, o Canadá será nosso lar no longo prazo, mas a maioria das pessoas não tem uma estratégia de fuga... então, estou tentando ajudá-las.
James Hansen, o mais experiente dos cientistas especializados em mudanças climáticas, aposentou-se da Nasa em 2013 para se tornar ativista. Mesmo com toda a melancolia do relatório no qual acabou de colocar seu nome, ele na verdade está um tanto otimista. Hansen sabe que a mudança climática tem uma solução direta: acabar com o uso de combustíveis fósseis o mais rapidamente possível.
Se amanhã os líderes dos Estados Unidos e da China concordarem com um imposto sobre emissão de carbono suficientemente alto e também aplicado a importações, o resto do mundo não teria escolha a não ser adotá-lo. Essa ideia já foi levada várias vezes ao Congresso norte-americano, com apoio morno dos partidos. Embora um imposto sobre o carbono não seja uma grande probabilidade, para Hansen até a menor possibilidade de ações ousadas como essa saírem do papel já é suficiente para que dedique o resto de sua vida a isso. Em uma teleconferência com repórteres em julho, ele afirmou que um possível imposto conjunto sobre a emissão de carbono entre Estados Unidos e China é mais importante do que qualquer coisa que aconteça na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, que será realizada entre novembro e dezembro, em Paris.
Um grupo que Hansen está ajudando é o Our Children’s Trust, uma organização de defesa jurídica que entrou com várias objeções em nome de menores de idade sob o pressuposto de que a mudança climática é uma violação da igualdade entre gerações – as crianças, argumenta o Our Children’s Trust, têm o direito legal de herdar um planeta saudável.
Outra objeção às leis dos Estados Unidos está sendo feita por um ex-cientista da Agência de Proteção Ambiental (EPA) do país, que alega que o dióxido de carbono não é apenas um poluente que pode se dissipar sozinho, mas uma substância tóxica. Em geral, essas substâncias têm ciclos de vida excepcionalmente longos no meio ambiente, causam um risco tremendo e, portanto, exigem uma solução. Nesse caso, a solução pode envolver o plantio de grandes quantidades de árvores ou a restauração de pântanos para enterrar o excesso de carbono. Mesmo se essas novas propostas tiverem
sucesso, levará anos até uma mudança ser notada na curva. Talvez isso seja suficiente. Quando tudo parecer perdido, salvar algumas espécies já será um triunfo.
Alteração em Cadeia
As mudanças no plâncton são o início de um desastre
Atualmente, registra-se uma queda impressionante na quantidade de plâncton – a base da cadeia alimentar oceânica. Em julho, um grande estudo concluiu que a acidificação dos oceanos provavelmente terá um impacto “bastante traumático” na diversidade do plâncton, com algumas espécies morrendo e outras prosperando. Quando os oceanos absorvem dióxido de carbono da atmosfera, ele se converte em ácido carbônico – e o pH da água salgada cai. Segundo a principal autora do estudo, Stephanie Dutkiewicz, do MIT (Massachusetts Institute of Technology), essa tendência significa que “toda a cadeia alimentar será diferente”.
O estudo de James Hansen pode ter recebido mais atenção, mas o de Stephanie e outros como ele podem ter implicações ainda mais calamitosas para o nosso futuro. As mudanças rápidas observadas por Stephanie chocaram alguns cientistas e os fizeram pensar que sim, realmente estamos rumo ao pior cenário possível. O aquecimento e a acidificação dos oceanos representam um problema que parece ter dado início a uma extinção em massa que poderá decorrer nas próximas décadas.
Jacquelyn Gill, paleoecologista na Universidade do Maine, sabe muito sobre extinção – e o trabalho dela é mais relevante do que nunca. Essencialmente, Jacquelyn está tentando salvar espécies ao aprender mais sobre o que matou animais que já não existem. Os dados que ela estuda mostram “evidências realmente fortes de que pode haver eventos de mudança climática abrupta que aconteçam durante um período da vida de um ser humano. Estamos falando de menos de uma década”.
Mares Escaldantes
Mais de 90% do calor acumulado pelos gases de efeito estufa nas últimas décadas está armazenado nos mares. Este gráfico representa a quantia de energia presa nos oceanos. Para efeito de comparação, 25 x 1022 joules (o topo do gráfico) é cerca de 500 vezes mais energia do que todos os humanos da Terra consomem a cada ano. Isso mostra o poder do efeito estufa: o dióxido de carbono que emitimos acaba aprisionando o calor do sol com uma eficiência aterrorizante.