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Contraparte Revisitada

Mariana Ximenes debuta como produtora no filme Um Homem Só

G.N. Publicado em 19/09/2016, às 14h22 - Atualizado às 14h31

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Mariana e Brichta em Um Homem Só - Páprica Fotográfica/Divulgação
Mariana e Brichta em Um Homem Só - Páprica Fotográfica/Divulgação

Há muito tempo o mito do doppelgänger permeia a produção artística e o imaginário popular. Originário do folclore alemão, o termo pode ser traduzido livremente para o português como “réplica ambulante” – ou como um “gêmeo do mal” na maior parte das culturas. O fenômeno insólito é revisitado com novas texturas e contornos na comédia dramática Um Homem Só, cujo lançamento está previsto para 29 de setembro.

Estrelado por Vladimir Brichta, Mariana Ximenes, Ingrid Guimarães e Otávio Mu?ller, o longa apresenta – à maneira sutilmente debochada de Charlie Kaufman (Quero Ser John Malkovich, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças) – a história de Arnaldo (Brichta), um homem soturno e frustrado que, em uma precipitada tentativa de dar sentido à própria existência, vai a uma clínica clandestina de clonagem a fim de criar um duplo capaz de viver a vida que ele detestava.

“Ele [Arnaldo] se encaixa um pouco naquele perfil do loser: um cara perdido, com um casamento ruim, um emprego horrível e nenhuma conquista da qual se orgulhar”, explica Brichta. No entanto, tudo muda quando ele esbarra em Josie (Mariana), uma espontânea (e “geminiana típica”, como define a madrasta dela, encarnada por Eliane Giardini) funcionária de um cemitério para

animais. “Ela é aquela pessoa mal-humorada adorável. Uma menina que vive em um mundinho particular, com um temperamento muito pessoal. Até a cadência que ela usa para falar é diferente”, afirma Mariana.

Além de ser o debute de Claudia Jouvin (também responsável pelo roteiro) como diretora, Um Homem Só marca a primeira incursão de Mariana nos bastidores cinematográficos como produtora. “Foi um projeto feito entre amigas”, pontua a atriz. “Claudia e eu nos conhecemos há anos e o filme nasceu de uma conversa entre nós duas. É um trabalho muito afetivo, sabe?”