Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

David Bowie: dez canções que abriram caminho para o disco Blackstar

Redação Publicado em 09/01/2016, às 09h28

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
David Bowie (Galeria) - ASSOCIATED PRESS
David Bowie (Galeria) - ASSOCIATED PRESS

“Unwashed and Somewhat Slightly Dazed” (1969)

A segunda faixa do disco Space Oddity não seria tão memorável não fosse por um detalhe: foi a primeira de Bowie produzida por Tony Visconti a ser ouvida pelo mundo. O álbum começa com a homônima “Space Oddity”, mas Visconti achou que ela era leve demais. Assim, a produção desta acabou ficando a cargo de Gus Dudgeon. No entanto, Visconti produziu todo o resto do disco, dando início a uma incrivelmente frutífera parceria que tem durado até Blackstar. Se os dois não tivessem se encontrado lá atrás, nos anos 1960, Bowie teria tido uma carreira diferente.


“Moonage Daydream” (1972)

“Lazarus”, segundo single de Blackstar, é uma canção narrada sob a perspectiva do extraterrestre Thomas Jerome Newton. Foi escrita para o musical Lazarus, que é uma sequência para o filme O Homem que Caiu na Terra, estrelado por Bowie em 1976. Mas a fascinação do músico por criaturas do espaço vem de antes disso. Em “Moonage Daydream”, de 1972, ele já cantava na voz de um ser vindo de outro planeta: Ziggy Stardust. O personagem era bem diferente de Newton, mas um levou ao outro.


“Young Americans” (1975)

O saxofonista Donny McCaslin é uma peça-chave de Blackstar, mas não é a primeira vez que Bowie trabalha com um grande saxofonista de jazz. David Sanborn tocou no clássico “Young Americans”, tendo ajudado a transformar a faixa em um mega-hit. O próprio Bowie também toca sax, mas ele geralmente é sábio o bastante para chamar verdadeiros mestres do instrumento quando grava seus discos.


“Station to Station” (1976)

O novo álbum de Bowie começa com a sombria e inovadora faixa-título, que certamente abre caminho para o que virá pela frente no mundo da música. Bowie tinha uma carta como essa na manga em 1976: “Station to Station”, uma faixa dos tempos em que o cantor fazia uso pesado de cocaína. Essa é uma das obras-primas surreais da carreira do Camaleão, e levou quatro décadas para que ele criasse outra faixa que se equiparasse a ela.


“Warszawa” (1977)

A arrojada experimentação de Station to Station continuou em 1977 quando Bowie se mudou para Berlim para gravar Low com Tony Visconti. O lado B do álbum é quase todo instrumental, começando com “Warszawa”. A gravadora de Bowie esperava outro single radiofônico como “Young Americans”, mas acabou com faixas não comerciais como essa. Bowie viria a fazer esse vaivém (entre o comercial e o experimental) muitas vezes adiante.


“Hallo Spaceboy” (1995)

O cantor se reuniu com Brian Eno em 1995 para Outside. Foi uma tentativa de ressuscitar a natureza experimental da época da chamada "Trilogia de Berlim" (os discos Low, "Heroes" e Lodger), mas ficou bem aquém das expectativas. Um dos pontos altos foi “Hallo Spaceboy”, outro retorno ao espaço. É um som industrial claramente influenciado pelo Nine Inch Nails. Bowie retornou a sons mais convencionais depois disso – pelo menos até a chegada de Blackstar.


“Slip Away” (2002)

Depois de passar pela segunda metade dos anos 1980 e pela década de 1990 sem grandes êxitos, Bowie finalmente lançou um grande álbum em 2002, Heaven. Uma das razões para isso foi a decisão dele de se reencontrar com Tony Visconti, com quem não trabalhava desde Scary Monsters (And Super Creeps) (1980). “Slip Away” é uma das várias ótimas faixas do trabalho, dando início a uma época de glória que continuaria com o álbum seguinte, Reality. Naquele tempo, ninguém sabia que aqueles seriam os últimos discos de Bowie pelos dez anos seguintes.


“Where Are We Now?” (2013)

No início de 2013, estava começando a parecer que David Bowie nunca mais lançaria novas músicas. Ele não se apresentava desde que problemas no coração o fizeram encerrar prematuramente a turnê Reality, em 2004, e não tocava sequer uma música em público desde 2006. Ele evitava a imprensa – era quase como um fantasma do rock and roll. Então, em seu aniversário de 66 anos, em janeiro de 2013, lançou a faixa “Where Are We Now?” e anunciou um novo disco, The Next Day. A música é uma tocante ode a dias passados e um sinal de que Bowie ainda podia se mostrar criativo e atuante. Mais uma vez, Tony Visconti foi o produtor.


“Sue (Or in a Season of Crime)” (2014)

O primeiro sinal de que The Next Day não era um trabalho isolado veio em novembro de 2014, quando Bowie lançou a coletânea Nothing Has Changed, que veio com a inédita “Sue (Or in a Season of Crime)”. A faixa com toques de jazz foi gravada com a Maria Schneider Orchestra e contou com um solo de sax de Donny McCaslin. Bowie ficou tão impressionado que chamou McCaslin e a banda dele para gravar Blackstar, que inclui uma nova versão de “Sue (Or in a Season of Crime)”.


“Lazarus” (versão de Michael C. Hall) (2015)

Quando Bowie estava gravando Blackstar, ele trabalhava ao mesmo tempo no musical Lazarus. Escreveu quatro músicas para o projeto, e a faixa-título da peça acabou no novo disco. A primeira vez que ela foi ouvida foi nas apresentações iniciais do musical, em novembro de 2015. É a abertura da obra, sendo cantada no palco por Michael C. Hall.