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De Volta para o Presente

“Ainda estamos à frente do próprio tempo. Viemos do futuro”, diz Greg Dulli sobre a volta do Afghan Whigs

Rodrigo Salem Publicado em 06/07/2012, às 12h16 - Atualizado às 12h18

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<b>PARA VALER</b> Greg Dulli (no centro) diz que a volta não exigiu muito do Afghan Whigs - Divulgação
<b>PARA VALER</b> Greg Dulli (no centro) diz que a volta não exigiu muito do Afghan Whigs - Divulgação

O Afghan Whigs nunca foi uma banda fácil. Surgiu no meio do movimento grunge, mas gostava de tocar punk rock com doses generosas de black music. Usava terno em uma época que camisas de flanela eram obrigação roqueira. Após seis discos aclamados pela crítica, porém longe do apelo popular, o grupo de Cincinnati, Ohio, resolveu se separar. Sem muito alarde. E foi sem muito alarde que ele resolveu voltar em Maio passado. “Não foi nada planejado”, conta Greg Dulli, guitarrista e vocalista da banda, minutos antes do quinto show do Afghan Whigs, em Barcelona, na Espanha. “Começou quando eu estava fazendo uma turnê acústica e [o baixista] John Curley tocou em alguns shows comigo. Curtimos tocar as músicas antigas e, então, nos ligaram do [festival] ATP para substituir o Guided by Voices, que não tocaria mais.”


Dulli não parece sentir o retorno como algo especial em sua carreira de vários projetos – além do trabalho solo, tem a banda Twlight Singers e a dupla The Gutter Twins, com o amigo Mark Lanegan. Diz que ensaiou apenas sete vezes com os ex-companheiros e lançou a nova cover, “See and Don’t See”, originalmente gravada por Marie Lyons, em 1970, “para ver se nos dávamos bem ainda”. “Nos lembramos de todas as músicas. Os músculos têm memória. Colocamos as mãos e sabíamos o que fazer, quais notas tocar.”

O show em Barcelona é a prova disso. Apesar de o novo baterista, Cully Symington (do Gutter Twins), ainda não acompanhar o grupo, a mistura de soul e punk comandada por Dulli ainda é original e poderosa. “Ainda estamos à frente do próprio tempo. Viemos do futuro”, brinca Dulli.