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De Volta à Terra

Baby do Brasil aceita convite do filho para relembrar sucessos não religiosos em nova turnê

Christina Fuscaldo Publicado em 12/11/2012, às 14h43 - Atualizado às 14h45

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<b>ENFIM, PARCEIROS</b> Pedro Baby e Baby do Brasil demoraram a se entender - FERNANDO YOUNG/DIVULGAÇÃO
<b>ENFIM, PARCEIROS</b> Pedro Baby e Baby do Brasil demoraram a se entender - FERNANDO YOUNG/DIVULGAÇÃO

No mesmo ano em que a música brasileira comemora a quarta década do álbum Acabou Chorare, um dos ícones dos Novos Baianos celebra 60 anos voltando aos palcos depois de mais de dez anos afastada do mundo secular. Evangélica desde o fim dos anos 90, Baby do Brasil pediu a bênção a Deus e aceitou o presente de aniversário de Pedro Baby: um convite para reviver Baby Consuelo no show Baby Sucessos, dirigido pelo filho e com ele na banda. A estreia ocorreu em outubro, no Rio de Janeiro.

“Desde pequeno, vivo esta história, viajando, participando de ensaios, tudo”, explica Pedro. “Aos 14, participei de um show de minha mãe pela primeira vez, tocando ‘Menino do Rio’. Por isso, este show é um presente de aniversário e é como eu vejo a música dela. É a história que quero contar para o público que sente saudade da música dela como eu sinto.” O repertório reúne músicas do Acabou Chorare e de quase todos os discos solo da cantora.

Mas não foi fácil convencer Baby a retomar essa fase da carreira, deixada de lado desde que passou a se dedicar à música gospel. Durante todos estes anos, várias vezes, a mãe convidou o filho para tocarem juntos, mas ele nunca aceitou. Além de não se identificar musicalmente, o guitarrista vinha experimentando acompanhar outras cantoras de peso, como Bebel Gilberto, Marisa Monte e Gal Costa, entre outras. Foi esta última quem reacendeu a chama dentro dele ao comentar que acharia lindo tocar com um filho. Depois da conversa com Baby, foi preciso mais de um mês para que ela recebesse o aval do “cara lá de cima”.

“Eu disse a Pedro que precisava orar, porque tenho paixão por viver com Ele decidindo tudo na minha frente”, justifica Baby. “Orei, fiz jejum, fui à igreja assistir a uma pregação a mando Dele. E, uma hora, Deus falou que sim. E Pedro disse: ‘Então, mãe, aperte os cintos’. Fiquei feliz, porque sou extremamente envolvida com as causas do Senhor, mas não tenho nada de careta. Costumo dizer que eu sou uma ‘popstora’.”

No repertório, estão clássicos dos Novos Baianos, como “Tinindo Trincando” e “A Menina Dança”, e sucessos da época Baby Consuelo, como “Um Auê com Você”, “Cósmica” e, claro, “Menino do Rio”. Para Pedro, que pretende dar continuidade ao projeto levando o espetáculo a outras cidades, todas as Babys estão representadas no show: “‘Tudo Azul’ foi feita para o ‘homem lá de cima’ há 30 e tantos anos. É uma música que fala do paraíso, de Adão e Eva...” Para Baby, este show é a “matrix” de tudo o que ela já viveu: “Sou a ponte entre o gospel e o secular, uma ponte matrix que me permite transitar em todos os lugares. Se rolar um novo CD, quero chamá-lo de ‘De Volta, mas no Futuro’”.