Em seu sexto disco, contra Todos, o Dead Fish ensaia uma volta à sonoridade do início da banda. "Este é um disco mais rápido e direto do que o anterior (Um Homem Só). Os arranjos estão mais crus", revela o guitarrista Philippe. Boa parte porque a banda, quando iniciou os trabalhos para o disco (no início do ano), voltou a escutar influências antigas, como Dead Kennedys e Black Flag. Mas com um toque levemente diferente. "Todo dia, quando acordava e antes de dormir, eu ouvia muito Bob Marley, Peter Tosh e The Clash", comenta o vocalista Rodrigo. Assim, foi inevitável que as composições tivessem um pouco de dub e reggae. "Quase imperceptível", adianta-se o baixista Alyand.
Das cerca de 20 músicas reunidas no processo, sobraram as 14 que entrarão no disco, sendo que seis já foram experimentadas em shows e acabaram na internet, na forma de versões ao vivo. As gravações, previstas para começar em março, foram adiadas pouco a pouco, em parte por causa da falta de tempo do "chefinho" - o apelido da banda para o produtor Rafael Ramos. "Mas foi melhor, porque a gente precisava de tempo para amadurecer várias versões", comenta Alyand. "Agora, as músicas têm uma cara."