Cirque du Soleil lança o espetáculo megalomaníaco e cheio de sucessos do Rei do Pop, Michael Jackson
Quando Michael Jackson viu a primeira turnê norte-americana do Cirque du Soleil, em 1987, ficou de queixo caído. “Fomos até o Santa Monica Pier em uma van velha que um segurança nos deu”, relembra John Branca, advogado de longa data do cantor e agora coexecutor de seu espólio. “Michael ficou fascinado. Disse: ‘John, temos de ir aos bastidores e conhecer todo mundo’. Não sei quem ficou mais empolgado, Michael ou o elenco.”
Quase 25 anos depois, uma produção do Cirque du Soleil totalmente sobre o Rei do Pop está botando o pé na estrada. Michael Jackson the Immortal World Tour – uma empreitada meio a meio entre o espólio de Jackson e a trupe de teatro canadense – estreou em outubro, em Montreal, diante de uma plateia lotada de 13 mil pessoas. O show acelerado é cheio de remixes e medleys de mais de 70 clássicos do Jackson 5 e da carreira solo, de “I’ll Be There” a “Smooth Criminal” – e tem imagens espetaculares inspiradas em Jackson, dos zumbis do clipe de “Thriller” a uma recriação no palco do rancho Neverland. “O desafio é que Michael não está aqui”, diz Chantal Tremblay, diretora de criação do Cirque du Soleil. “Queremos que as pessoas sintam sua presença por meio da música, do visual e do movimento.” The Immortal é a maior produção para turnê da história do Cirque du Soleil, com orçamento estimado de US$ 60 milhões e 64 artistas no elenco. A turnê passará por 65 cidades norte-americanas no próximo ano antes de viajar para outros países; em 2013, um show totalmente novo sobre Jackson se unirá às apresentações bem-sucedidas do Cirque du Soleil sobre Beatles e Elvis em Las Vegas. “Michael amava magia e teatro”, diz o roteirista e diretor Jamie King. “Isso é algo que ele adoraria ter feito.” Neste mês, a trilha sonora do espetáculo chega às lojas, com mash-ups e trechos inéditos de músicas do artista.