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Desenvolvimento ao Vivo

Entre um DVD e o começo das gravações para o segundo CD, o Macaco Bong testa músicas nos shows

Por Cristiano Bastos Publicado em 17/08/2010, às 06h15

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<b>QUESTÃO DE PRÁTICA</b> (A partir da esq.) Bruno Kayapi, Ney Hugo e Ynaiã: Enquanto compõe músicas novas, o Macaco Bong mostra as faixas para o público - Divulgação
<b>QUESTÃO DE PRÁTICA</b> (A partir da esq.) Bruno Kayapi, Ney Hugo e Ynaiã: Enquanto compõe músicas novas, o Macaco Bong mostra as faixas para o público - Divulgação

Trabalho braçal." essa é a força que, há mais de cinco anos, impulsiona a labuta do power trio instrumental Macaco Bong no ainda muitas vezes amadorístico "pântano" do rock independente brasileiro. Agora, o Macaco Bong concentra energias para editar o álbum de inéditas que vai suceder o enaltecido Artista Igual Pedreiro (Monstro Discos/Fora do Eixo Discos). Em 2008, a Rolling Stone elegeu o disco o melhor do ano em votação com especialistas. Ainda em fase de composição, a banda possui três dessas canções quase acabadas. Elas podem ser ouvidas na web e os nomes atiçam a curiosidade: "Morango Tango", "Djapabugre", "Bróken Chocobread". "Executamos essas músicas em nossos shows", diz o baixista Ney Hugo. "Elas estão semiprontas, e as executamos em alguns shows mais intimistas. Quando as tocamos ao vivo, elas vão ganhando corpo e maturidade."

Ney lembra que Artista Igual Pedreiro foi, também, o registro de uma "estrada" de shows que o Macaco Bong trilhou em vários anos. Outro esforço da banda, em 2010, será para lançar seu primeiro DVD: são registros capturaos em apresentações feitas n o projeto Macaco e Convidados, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, e no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. A filmagem é da Green Vision, produtora paraense parceira do Circuito Fora do Eixo, rede da qual o Macaco Bong faz parte.

De maneira geral, as apresentações, explica o baixista, foram registradas sob perspectiva da edição de futuros bootlegs, a partir dos quais o grupo estuda a execução das novas composições. "Tal processo está alinhavado ao 'conteúdo programático' do Macaco Bong. Ou seja, difusão de shows, transmissões ao vivo e áudio disponível na internet", postula Ney. O processo, ele conta, não é dos mais fáceis. "Este é um show complicado: envolve piano e, além da acústica, necessita de estrutura que suporte banda e convidados."

Outro detalhe, pontua, é a difícil microfonação exigida por certos instrumentos como piano, percussão, rabeca e metais.

No projeto Convida, o s músicos tiveram especiais participações de integrantes do Móveis Coloniais de Acaju e do Porcas Borboletas, além de Siba e do piano experimental de Vitor Araújo. Para o baterista Ynaiã Benthroldo, com tal "incremento", o repertório instrumental ganhou o corpo de legítimo "time dos sonhos". No Auditório Ibirapuera, a banda gravou, ainda, o áudio dos shows e também filmou as apresentações. Os frames deverão integrar um making off sobre a gravação do álbum.

Em 2008, o álbum Artista Igual Pedreiro foi o segundo lançamento do projeto Álbum Virtual da Trama, que oferecia download gratuito de lançamentos em MP3. O disco do trio teve mais de 10 mil downloads - número considerável para uma banda instrumental até então desconhecida do público geral. E como anda o tal mercado independente? Para Ynaiã, que fala com a experiência de ter tocado em festivais de rock em países como Espanha, o mercado brasileiro é florescente. "É tudo muito recente. E, por ser tudo muito novo, a lógica da autogestão é algo a se aprender." E as bandas, apregoa o baterista, precisam "conflitar menos".