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The Byrds abraça o country, Katy Perry abandona a música cristã e mais: dez artistas que mudaram de gênero musical

Redação Publicado em 22/05/2013, às 18h22 - Atualizado em 23/05/2013, às 12h39

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Gênero (galeria) - abre - Reprodução/vídeo
Gênero (galeria) - abre - Reprodução/vídeo

Bee Gees

Ouça os Bee Gees dos anos 60 e notará uma ausência marcante: o falsete de Barry Gibb. A banda britânica começou com os irmãos harmonizando uma sonoridade meio Beatles com psicodelia e folk rock. Embora tenham tido sucesso com isso no início, os irmãos Gibb perderam o ritmo no início da década de 70. Então, em 1974, Barry Gibb adotou o vocal que se tornou sua marca registrada, os irmãos trocaram a gola alta pela boca de sino e – com a ajuda de John Travolta – se tornaram divindades da disco.


The Byrds

Mesmo quando o Byrds estava atuando como pioneiro do folk rock e do rock psicodélico, o grupo já dava dicas de como seria o futuro deles quando, por exemplo, fez uma versão do hit country "Satisfied Mind", em 1966. Quando Gene Clark e David Crosby deixaram a banda, ela migrou para o gênero. Criado no bluegrass, o baixista Chris Hillman assumiu um papel mais importante no Byrds, encontrando um aliado do country no novo integrante Gram Parsons. O trabalho deles em Sweetheart of the Rodeo, em 1968, ajudou a criar o country rock.


Michael Bolton

Um hard rocker que um dia abriu para Ozzy Osbourne e Krokus, o público de Bolton no início dos anos 80 era conhecido por dar soco no ar e gritar "BOLTON É DEMAIS!" Mas seus dias de roqueiro – tanto solo como integrante da banda Blackjack – o deixaram falido e prestes a ser despejado. Então, em 1982, ele começou a compor baladas pop, primeiramente para outros artistas, depois para ele mesmo – além de fazer covers de clássicos do R&B – e logo o mullet dele estava encantando mulheres de todo o mundo.


Fleetwood Mac

No fim da década de 60, Mick Fleetwood, John McVie e Peter Green, membros do John Mayall and the Bluesbreakers, formaram o Fleetwood Mac, uma banda britânica de blues mais conhecida por "Black Magic Woman". Apesar das muitas trocas de integrantes, a banda continuou tendo o blues como base até a metade dos anos 70, quando Fleetwood pediu para ouvir uma amostra do trabalho assinado pelo produtor Keith Olsen, já que estava considerando usar o estúdio de Olsen. Fleetwood ficou tão impressionado com um guitarrista daquela gravação – Lindsey Buckingham – que quando Bob Welch foi embora, ele convidou Buckingham a se juntar ao grupo. Buckingham aceitou, mas somente se Stevie Nicks também pudesse participar. Com a influência de rock mainstream da dupla, o Fleetwood Mac largou o blues e se tornou muito mais conhecido


Iggy Pop

Muito antes de ser o padrinho descamisado do punk, James Osterberg era um baterista perfeitamente coberto de roupas que tocava em uma banda de blues chamada Prime Movers, ganhando conhecimento ao tocar junto a lendas do blues como Big Walter Horton e J.B. Hutto. Enquanto tocava em bares de blues de Chicago na década de 60, Osterberg decidiu que queria liderar sua própria banda e levar o blues para outro caminho. Então se batizou de Iggy Stooge – que depois virou Iggy Pop – e formou a banda Stooges, lançando o punk.


Katy Perry

Filha de dois pastores, Katy Hudson cresceu em um lar estritamente cristão onde a MTV e música pop eram proibidos. Quando adolescente, Hudson lançou um disco de música cristã, isso em 2001. Apesar de o disco ter sido elogiado pela revista Christianity Today, Perry – secretamente inspirada por "Killer Queen", do Queen – queria chegar ao mainstream, como Amy Grant. Então, estudou com compositores profissionais de Nashville e pediu a ajuda do produtor Glen Ballard, que colaborou na composição de Jagged Little Pill, de Alanis Morissette. Oito anos depois da estreia, ela, agora rebatizada de Katy Perry, pegou o fruto proibido, fazendo a travessia com seu disco pop One of the Boys.


Beastie Boys

Em 1982, os Beastie Boys eram punks de cabeça raspada cujo disco Polly Wog Stew continha música barulhenta, rápida e sem qualquer noção do que era melodia. Mas os punks thrashers logo começaram a experimentar com hip-hop e o som deles se tornou menos Bad Brains e mais Run-D.M.C. Quando eles chamaram a atenção dos cofundadores da Def Jam Rick Rubin e Russell Simmons, se tornaram uma raridade – um grupo de rap formado só por brancos – que ajudaria a tornar o hip-hop mainstream.


Gwen Stefani

Como a vocalista da banda de ska de O.C. No Doubt, a música derivada do punk de Stefani, o visual Riot Grrrl e suas coreografias cheias de socos e chutes projetavam uma imagem de poder feminino. Mas durante o intervalo do No Doubt, Stefani – com seu look ficando mais estrela do que skatista – decidiu fazer um disco solo influenciado por inspirações que não eram o ska, incluindo Madonna e Salt 'N Pepa. Depois de dois discos solo de dance, ela voltou ao No Doubt com o lançamento de 2012 Push and Shove.


The Go-Go's

A cantora Belinda Carlisle atuou por um tempinho como baterista da banda punk The Germs e o Go-Go's surgiu na cena punk de Los Angeles, sendo que chegou a dividir o local de ensaios com o grupo ícone do punk X. Os primeiros shows aconteceram em casas de show de ambiente punk, como Whisky A Go Go e Masque. Mas quando as novatas Charlotte Caffey e Gina Shock se juntaram à banda, ela foi se tornando algo mais inspirado pela new wave, produzindo músicas pop mais alegrinhas como "Vacation" e "Our Lips Are Sealed". A carreira solo de Carlisle no power pop ajudou a selar a transição do underground para a onipresença.


Kenny Rogers

Com seus cabelos longos, óculos sol cor de rosa e brincos, Rogers era conhecido como Kenny, o Hippie no final dos anos 60. Ele já tinha experimentado com jazz e rockabilly e sua banda de rock First Edition havia feito sucesso com o pop psicodélico "Just Dropped In (To See What Condition My Condition Was In)”. Muitos só descobriram as três décadas iniciais da carreira de Rogers mais tarde, quando a música trilhou O Grande Lebowski. Mas depois de deixar a banda em 1973, Rogers ficou em baixa por quatro anos, até que voltou ao topo como artista solo do country com "Lucille". Um ano depois, sua música "The Gambler" o ajudaria a entrar para o Hall da Fama do Country e a consolidar uma carreira de ator.