A banda mostrou ao jovem White como esbanjar estilo. Não há cantor que tenha uma voz mais parecida com a de Robert Plant - que divida o amor de Jimmy Page pela guitarra dos mestres da antiga Mississípi. Para completar: em 2007 o músico declarou ao Daily Mirror que não confiava em ninguém que não gostasse de Led Zeppelin.
O blues do delta de Mississípi continua uma das maiores referências de Jack White, principalmente quando se trata do som do ex-pastor Eddie James "Son" House, Jr. Em It Might Get Loud, White cita a faixa a cappella de House "Grinnin' in Your Face" como sua música favorita de todos os tempos. Inclusive, o álbum de estreia The White Stripes foi dedicado ao músico. O grupo ainda fez uma versão de “Death Letter” em De Stijl e White escreveu no encarte da compilação The Very Best of Son House, lançada em 2003.
Don Van Vliet, o gênio excêntrico do jazz mais conhecido como Captain Beefheart, tem sido uma grande inspiração para os “desajustados” de cada geração. White responsabiliza Beefheart por trazer ao rock o poder primitivo de músicos de blues como Howlin' Wolf e por fazer um dos melhores discos da história - Trout Mask Replica, de 1969. A contribuição do White Stripes ao Sub Pop Singles Club foi um EP com três covers de Beefheart. Uma cópia, hoje em dia, vale US$ 200.
Ainda jovem, White se deparou com O Destino Mudou Sua Vida, cinebiografia vencedora do Oscar de Loretta Lynn. Foi uma das experiências que reafirmaram sua decisão de investir na música. “Eu me apaixonei imediatamente”, disse ele à CBS News em 2005. “Acho que Loretta Lynn é a melhor cantora e compositora do século 20.” Depois de dedicar White Blood Cells, de 2001, à Lynn, eles ficaram amigos e White produziu o disco Van Lear Rose.
No mundo de Jack White, Bob Dylan é uma influência não só para ele, mas para todos que fazem ou escutam música nos últimos 50 anos. E por mais que as composições de White se pareçam com as de Led Zeppelin e do blues de Missisípi, o espírito inquieto dele lembra o de Dylan. Como o próprio músico disse: “Não confie em pessoas que se chamam de músicos e que dizem não gostar de Bob Dylan ou dos Beatles. Eles não amam a música.”
White já disse que o cinema dos anos 1940 serviu como uma metáfora para tudo sobre o que ele estava pensando durante as gravações do disco de 2005 do White Stripes, Get Behind Me Satan. Assim como White, nascido John Anthony Gillis, Rita também mudou o nome de batismo para se “tornar outra coisa”.
Você pode tirar o garoto de Detroit, mas não pode tirar Detroit do garoto. Então é claro que Iggy Pop é um grande ídolo de White, que considera Fun House, lançado em 1970 pelos Stooges, como “o maior disco de rock de todos os tempos”. O músico teve um momento tiete em 2003, quando conduziu uma entrevista com Pop que foi publicada pela revista Mojo.
Outro grande hit do blues de Mississípi - e, claro, influência de Jack White - é Charley Patton, “pai do blues de Delta. “Se um músico ouve Charley Patton e não escuta nada, eu não acho que ele pode se chamar de música, porque ele está obviamente procurando apenas por diversão”, disse White. Patton foi remasterizado na compilação do selo Third Men Recors, de White, The Complete Recorded Works in Chronological Order Volume 1, lançado em 2013.
Bem, todo mundo clama o Homem de Preto como uma grande influência para si. Mas Johnny Cash é certeiro para Jack White porque ele mostrou que é possível ser um religioso descolado que agrada fãs de country, hippies, punks e etc. Vale lembrar que, em 2010, ele tocou guitarra na cover da dupla Secret Sisters, para “Big River”, divulgada posteriormente pela Third Man Records – junto com um lançamento de "Get Rhythm" em 2013.
Se o primitivismo de Captain Beefheart não é cru o suficiente para o seu gosto, ouça esta banda de garagem desajustada formada por militares norte-americanos na Alemanha nos anos 1960. Eles lançaram apenas um álbum: Black Monk Time, de 1966. Mas foi o suficiente para encantar White, que os chama de “anti-Beatles” e afirma que suas melodias pop-destrutivas devem ser tocadas para seu irmão mais novo.