Diversos tons do maestro

Vinte anos depois de sua morte, Tom Jobim segue como o mestre melódico supremo da música brasileira

Paulo Cavalcanti

Publicado em 12/12/2014, às 14h55 - Atualizado em 15/12/2014, às 10h51
<b>Tom jovial</b><br>
O músico durante a era de ouro da bossa nova. - Divulgação
<b>Tom jovial</b><br> O músico durante a era de ouro da bossa nova. - Divulgação

Compositor, maestro, pianista e vocalista ocasional Antonio Carlos Brasileiro Jobim foi influenciado pelo preciosismo de George Gershwin, pelo cool jazz de Gerry Mulligan e pelo som erudito de Claude Debussy e de Heitor Villa-Lobos. Jobim foi um dos arquitetos da bossa nova, mas não ficou restrito ao estilo: expandiu a linguagem da música que fez e incorporou de forma harmônica regionalismos e elementos sinfônicos. Não era por acaso que tinha “brasileiro” no nome. Ele falou do Brasil sem ufanismo e celebrou em acordes a terra, as matas, os rios e os pássaros do país onde nasceu. Quando morreu, aos 67 anos, em Nova York, no dia 8 de dezembro de 1994, deixou um dos catálogos mais duradouros e conhecidos da música universal. Aqui, uma seleção dos discos solo de Jobim, além de trabalhos feitos por ele em parceria com grandes nomes do Brasil e do mundo.