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Entre a Música e o Coração

Namorados fora do palco, Marcelo Camelo e Mallu Magalhães dividem um show pela primeira vez

Por Anna Virginia Balloussier Publicado em 10/12/2009, às 15h55

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SHOW ESPECIAL - Camelo e Mallu não têm planos de gravar ou escrever juntos - BRUNO BARRIGIELI
SHOW ESPECIAL - Camelo e Mallu não têm planos de gravar ou escrever juntos - BRUNO BARRIGIELI

Desde que o namoro é namoro é assim: quando Marcelo Camelo e Mallu Magalhães revelaram que a parceria em "Janta", do primeiro solo dele, havia se estendido para terrenos extramusicais, a sirene soou. Eles dividiriam palco algum dia? Lançariam disco?

Parte das dúvidas foi solucionada na festa de três anos da Rolling Stone Brasil, no Bourbon Street, em São Paulo, mês passado. Pela primeira vez, os dois se apresentaram juntos - não como convidado especial um do outro, mas em um show em que tinham peso igual. Para o repertório da grande estreia? "Ah, fomos colocando coisas que traram músicas do álbum de Camelo (como "Tudo Passa" e "Janta", desconstruída por sussurros de Mallu), do Los Hermanos ("Morena", "Além do Que Se Vê") e do próximo disco dela ("Nem Fé Nem Santo", "You Ain't"). Eles ainda foram acompanhados por integrantes do Hurtmold e dois camaradas de fora: Rob Mazurek, trompetista de Chicago, e o suíço Thomas Rohrer, na rabeca. No ensaio, o clima é informal. Camelo põe a mão no ombro dela e, em seguida, coça a cabeça. Depois, cochicha algo no ouvido da garota que viu tocar pela primeira vez em março de 2008, na estreia carioca da cantora. Mas a cumplicidade não se repete na hora de pôr as ideias na partitura. Álbum a dois? Fora dos planos. Escrever uma faixa a quatro mãos também não é exatamente hobby do casal. "Às vezes dá vontade, mas a composição é uma das escolhas mais íntimas. E Mallu tem um processo muito mais rápido do que o meu", a gente gosta", Mallu descomplica. En traram músicas do álbum de Camelo (como "Tudo Passa" e "Janta", desconstruída por sussurros de Mallu), do Los Hermanos ("Morena", "Além do Que Se Vê") e do próximo disco dela ("Nem Fé Nem Santo", "You Ain't"). Eles ainda foram acompanhados por integrantes do Hurtmold e dois camaradas de fora: Rob Mazurek, trompetista de Chicago, e o suíço Thomas Rohrer, na rabeca. No ensaio, o clima é informal. Camelo põe a mão no ombro dela e, em seguida, coça a cabeça. Depois, cochicha algo no ouvido da garota que viu tocar pela primeira vez em março de 2008, na estreia carioca da cantora. Mas a cumplicidade não se repete na hora de pôr as ideias na partitura. Álbum a dois? Fora dos planos. Escrever uma faixa a quatro mãos também não é exatamente hobby do casal. "Às vezes dá vontade, mas a composição é uma das escolhas mais íntimas. E Mallu tem um processo muito mais rápido do que o meu", esquiva-se o mais velho da relação.

Camelo tem um calendário do Bon Jovi na porta da geladeira e acha que o funk "Ela Dança, Eu Danço" tem "poder de síntese análogo ao de Dorival Caymmi". Evidências um e dois para a "cena do crime": enquanto se projeta como figura de ponta da nova MPB, ele não liga de atropelar um ou outro cânone no meio do caminho. Talvez por isso não seja muito simpático quando alguém o responsabiliza por arrastar Mallu Magalhães para a esfera de influência do gênero. "Essa visão é muito errada. Ela já tocava MPB", retruca. Camelo parece mais à vontade falando sobre o impacto que ela teve sobre sua carreira, em particular no disco Sou (o disco de Mallu estava entre os mais escutados durante as gravações dele). "Foi a naturalidade dela. Nem todo mundo acha o caminho entre a palavra e o coração."