Dado Villa-Lobos assina a trilha de O Inventor de Sonhos e briga pelo direito de usar o nome Legião Urbana
Unir elementos do rock contemporâneo com a música vigente na Europa no início do século 19, para promover o encontro de sonoridades distantes por mais de dois séculos de história: foi essa a missão de Dado Villa-Lobos ao entrar no projeto do filme O Inventor de Sonhos – do diretor Ricardo Nauenberg, cuja estreia está prevista para 11 de outubro.
O longa traz planos épicos e mostra a chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808, fugida do imperador francês Napoleão Bonaparte, e contada por meio do triângulo amoroso formado pelo protagonista José Trazimundo (Ícaro Silva), Luis Bernardo (Miguel Thiré) e Iainha (Sheron Menezes). O ex-guitarrista do Legião Urbana começou a se interessar pelo diálogo entre música e cinema com o filme Bufo & Spallanzani, de Flávio R. Tambellini, lançado em 2001. De lá para cá, foram mais de dez trabalhos nas telonas e ainda na série Mandrake, da HBO. “É outro compromisso, é dar um novo motivo para a música”, diz ele, sobre o ofício. “O desafio é chegar ao mesmo sentido que está sendo mostrado na tela.”
Recentemente, o nome de Villa-Lobos voltou a ser ligado à antiga banda dele, formada com Renato Russo e Marcelo Bonfá, em uma disputa judicial ainda em andamento entre ele e Bonfá contra o herdeiro de Russo, Giuliano Manfredini, pelo direito de usar o nome Legião Urbana. “Éramos três na banda”, ele diz. “Não pode ficar para um, tampouco para dois. Tem que ser para os três. Ou seja, não é só para o filho [Manfredini] e não?é para mim e para o Bonfá. É uma questão lógica.”