Marcas nacionais de jóias investem em trabalho artesanal para quem busca um estilo diferenciado
Germano Agustini
Nascido em Caxias do Sul (RS) e atualmente vivendo em Balneário Camboriú (SC), onde mantém sua oficina, Germano Agustini se encantou pela profissão de designer de joias graças ao pai e ao avô, que trabalham como ourives de joias tradicionais. Apesar de se manter fiel à tradição familiar de colocar a mão na massa, Germano rumou para um caminho mais alternativo, com anéis e pingentes detalhados baseados em temas específicos – símbolos da Idade Média, arte sacra, tatuagens e até Stanley Kubrick (alguns acessórios da linha Live tiveram inspiração em filmes do diretor). As variadas influências do designer ganham forma em peças de prata esterlina, às vezes com pedras naturais ou sintéticas, divididas em duas linhas distintas. A Carved é dedicada a peças esculpidas com temática específica, enquanto a Live mantém conceito livre (em ambos os casos, os valores vão de R$ 75 e R$ 650). Entre os destaques estão as coleções Only God Can Judge Me, baseada em símbolos da religiosidade e folclore latinos, e Criminal Tattoo, inspirada em tatuagens antigas e tradicionais de presidiários russos. Para a próxima leva criativa, Germano pretende explorar o bucolismo.
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Liberty Art Brothers
O nome da marca traduz o conceito criado pelos irmãos Alexandre e Rafael Lazzini. A Liberty Art Brothers tem base em uma charmosa loja no bairro de Pinheiros (São Paulo), mas nasceu quando a dupla vivia em Nova York e passou a sentir uma carência no mercado de acessórios masculinos diferenciados. De forma autodidata, tiveram sucesso nos primeiros testes e não pararam mais. Além das joias, a marca oferece acessórios como lenços e correntes em couro de selaria. “O estilo étnico, western e do motociclismo inglês são as nossas maiores inspirações”, comenta Alexandre. “Toda construção do estilo da marca é inspirada por coisas de que realmente gostamos e vivemos. Sempre tivemos essa preocupação, desenvolver acessórios que passassem uma verdade.” A nova coleção ganhou o nome Superstition e nasceu de uma parceria com o estilista Marcelo Sommer, explorando símbolos de sorte. Assim como a Superstition, também deve sair este mês a linha Royal, com influência medieval.
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Chaser Manufacturing
O paulistano Victor Prince passou a se interessar pelo ofício quando cursava a faculdade de artes visuais. Na época, entrou em contato com a chamada Kultura Kustom – cuja base é a customização de peças em diversos âmbitos –, que hoje permeia suas criações. Prince fez um curso básico de modelagem em cera antes de começar a criar os primeiros anéis, e os clientes não demoraram a aparecer. Foi então que o pedido de uma grande coleção de peças para a marca Break Necks deu origem à Chaser Manufacturing. Nas peças do grupo, destacam-se os mexican biker rings – que remetem aos originais, quando ourives mexicanos derretiam as moedas de pesos para criar as joias, mais valiosas que o dinheiro do país após a Revolução Mexicana. Há peças de outros estilos feitas de ouro, prata, cobre, bronze, latão e pedras. Os acessórios imaginados por Prince refletem também o universo em que ele vive: a cultura do skate, surfe, grafite e hip-hop.
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