Inspirados por João Donato, seis nomes da arte brasileira pagam tributo ao ídolo
Nelson Motta, produtor
"Amo, adoro, venero-o. É meu compositor favorito. Bem, Tom Jobim é hors concours. Meu maior sonho é cometermos uma música juntos. Já está combinado. Eu que tenho andado de um avião para o outro."
Luis Fernando Verissimo, escritor
"Segundo o Louis Armstrong, quem precisa que alguém lhe explique o que é jazz, nunca saberá o que é jazz. Quem precisa que alguém lhe explique o que é 'balanço' tem mais sorte - basta ouvir João Donato. Ele não é uma pessoa, é uma definição."
Bernard Ceppas, produtor
"Não se produz o Donato, somente se registra, se aprende com ele. Quando participou da gravação do disco do Acabou La Tequila, ele gravou cinco takes no piano elétrico - sempre sem ouvir o anterior. Quando terminamos, me pediu para abrir todos os canais ao mesmo tempo, e se fez uma sinfonia!"
Arnaldo Antunes, cantor
"Com seu swing irresistível e melodias que nos arrebatam de imediato, como poderia não ser pop? O pop é que deveria querer ser Donato."
Mart'nália , cantora
"Desde criança, presenciei meu pai [Martinho da Vila] compor sambas e outras toadas com ele. A sutileza e a brejeirice no jeito como toca entra gostoso no ouvido. Seu piano é alegre e popular. Aparentemente, piano não combina com samba - mas, com Donato, sim: ele emoldura piano num samba como ninguém!"
Thalma de Freitas, cantora
"Nossa relação é familiar. Donato foi muito importante e presente na minha infância. A família lhe tem imenso carinho. Suas fotografias comigo no colo são registros vivos de meu afeto. Ele tem espírito de menino e, para mim, não é 'tio', é velho amigo."