Atração do Rock in Rio, Fall Out Boy vai explorar sonoridade eletrônica no próximo disco de estúdio
Há 12 anos, o Fall Out Boy lançou From Under the Cork Tree, o segundo disco da carreira, que levaria a banda da cena underground de Chicago para o coração da grande onda emo da época. Hoje, o cenário é muito diferente: dois álbuns após as turbulências que levaram a um hiato entre 2009 e 2013, a banda procura se reinventar sem perder a essência. As guitarras melódicas de antes dão lugar à experimentação com elementos eletrônicos, como mostra o recém-lançado single “Young and Menace”, que estará no disco Mania, com lançamento agendado para 15 de setembro. “Nós estamos tentando achar maneiras diferentes de nos conectarmos e de encontrar o que há de empolgante na música”, afirma o baixista, Pete Wentz.
A canção e o clipe conversam com um público familiar ao Fall Out Boy – jovens desajustados em busca de um lugar ao qual pertencer. “Há um elemento de nostalgia nela”, diz Wentz, relembrando suas origens na carreira musical. “Quando nós descobrimos o punk rock, era uma comunidade da qual você podia participar quando não se encaixava em nenhum outro lugar. Isso ainda acontece com muitos jovens. No vídeo [que mostra um garoto vítima de violência doméstica], queríamos contar a história de alguém que se sente intruso dentro da própria casa.”
No que diz respeito à nova sonoridade, que começou a surgir no retorno após o hiato – com toques do trabalho solo soul e energético do vocalista, Patrick Stump, e da banda de eletropop que Wentz fundou nesse meio-tempo, Black Cards –, o baixista não se preocupa em agradar. “Como banda, nós vivemos algumas eras”, explica. “Nunca nos preocupamos em nos adaptar a um determinado público, sempre foi sobre fazer a música que amamos e esperar que outras pessoas gostem também.”
O Fall Out Boy vai mostrar o novo trabalho no Brasil no Rock in Rio, em 21 de setembro, noite que tem como atração principal o Aerosmith. É a primeira vez da banda na capital fluminense e, segundo Wentz, não devem ser realizados shows em outras cidades. O plano é usar o palco do festival para fazer “uma boa mistura” de hits antigos e novas canções.
Enquanto isso, os integrantes finalizam a produção de Mania. “O processo criativo tem sido interessante. Com certeza não somos aqueles mesmos garotos de 15 anos atrás.”