Gary Clark Jr. vem para salvar o tipo de música que não precisa ser salvo
Austin, no Texas, é uma cidade norte-americana com uma prole musical de dar orgulho, mas um desses filhos tem ganhado cada vez mais destaque. Gary Clark Jr. é um guitarrista autodidata que começou a brincar com o instrumento aos 12 anos e hoje, aos 29, carrega o pesado apelido/fardo de “Salvador do Blues” – além de ter um dia anual dedicado a ele na cidade natal desde os 17 anos. O músico, que lançou no ano passado o plural Blak and Blu, o primeiro disco dele por uma grande gravadora, ainda precisa lidar com constantes comparações a Jimi Hendrix. “É bom que se lembrem de você com tanto prestígio, mas tento não assumir essa pressão”, ele conta, rejeitando a ideia de que o blues precise ser salvo. “Ele não é mais tão mainstream, o rock ocupa esse lugar agora e o pop meio que dominou o mundo. Mas o blues sempre será relevante, é a base de muitos gêneros.” Depois de passar pelo Brasil abrindo shows de Eric Clapton em 2011, Clark retorna para um único show no Lollapalooza. “Minha primeira experiência no festival foi em Chicago, no ano passado. Para qualquer artista que tem aspirações de tocar em um festival, o Lollapalooza está no topo da lista de objetivos”, diz.