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Feito com o Coração

Music & Run se estabelece com show glorioso dos Titãs na maior e mais emocionante edição da corrida

Redação Publicado em 17/12/2017, às 11h52 - Atualizado em 15/01/2018, às 18h59

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<b>Apresentação Triunfante</b><br>
Beto Lee, Branco Mello, Tony Bellotto, dos Titãs: muitos hits - Edu Lawless
<b>Apresentação Triunfante</b><br> Beto Lee, Branco Mello, Tony Bellotto, dos Titãs: muitos hits - Edu Lawless

A segunda edição de 2017 da Rolling Stone Music & Run foi a maior da corrida da história do evento. Onze mil pessoas – que esgotaram absolutamente todos os ingressos – fizeram com que ela, inclusive, mudasse de casa, passando a ocupar o Sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo. Foi também uma das edições mais emocionantes: não apenas pelo incendiário show dos Titãs, mas por uma história de superação que não ficou só nos bastidores e ganhou o palco. A corredora Patrícia Fonseca, que fez um transplante de coração há dois anos, competiu pela segunda vez no percurso de 5 km. A primeira participação, ano passado, foi para comemorar a vida nova, mas esta conseguiu ser ainda mais especial, já que Patrícia é muito fã dos Titãs. A banda retribuiu o carinho convidando-a para o palco. “Se eu estou viva hoje é graças a uma doação de órgão e queria dizer que viver é muito rock and roll!”, ela gritou quando pegou o microfone do baixista e vocalista Branco Mello. Ela emocionou não só os integrantes do grupo como também todo o público da RS Music & Run, falando, pulando, correndo e, no fim, até mesmo cantando o hit “Flores” com os ídolos. “Quando eu estava na UTI, o som dos Titãs me deu muita força”, ela contou, já no backstage. “Tudo ainda parece um grande sonho.”

Patrícia foi só um dos diversos personagens que passaram pelo trajeto da corrida de rua noturna que já é uma tradição na capital paulista. Como aconteceu nas edições anteriores, os corredores puderam escolher entre percursos de 5 km ou 10 km – fora a caminhada de 3 km –, antes do show com open bar de cerveja. Entre o aquecimento e a premiação formal, houve ainda dois sets do Warriors, que tocou clássicos do rock. É justamente a configuração inusitada de misturar música com esporte que atrai os corredores. “É muito legal, porque aqui é todo mundo muito animado”, disse Mariana Regina Arins, atleta profissional, que foi a primeira colocada na prova feminina de 5 km. “É muita gente! Normalmente corro com 3 ou 4 mil pessoas.” A apresentação principal, dos Titãs, foi apoteótica. “É ótimo receber a galera cheia de energia. Eles já chegam com a adrenalina lá em cima, e tudo fica melhor quando é somado a rock and roll”, disse o tecladista e vocalista, Sérgio Britto. A banda preparou um repertório inteiro focado nos maiores sucessos e o clima foi emocionante nas baladas (“Epitáfio”) e extremamente agitado nas faixas mais pesadas (“Bichos Escrotos”, “Polícia”). Que venham as próximas edições!