The Dead Lover's Twisted Heart dá novo fôlego ao ritmo
Por enquanto, o the Dead Lover's Twisted Heart tem feito shows dentro e fora de Belo Horizonte, mas a banda já acumula alguns contos de estrada. "Teve uma viagem para São João Del Rey (MG), a primeira vez que saímos para tocar, que só deu confusão. Desde ir parar em uma festa louca, quase bater o carro, até torcer o pé de uma amiga que toca acordeom conosco", diverte-se Pati, a baterista.
Mas a história deles começou mesmo em 2005, quando Ivan (guitarra e vocais), Guto (guitarra), Velv's (baixo) e Marcelo (bateria), quatro amigos de Belo Horizonte (MG), se juntaram para tirar um som. Eles resolveram gravar o EP What Is It for? e Marcelo saiu. Pati assumiu as baquetas, definindo a formação que perdura até hoje no The Dead Lover's Twisted Heart (nome originado de uma canção do cantor folk experimental norte-americano Daniel Johnston).
A banda se destaca na nova cena mineira pela originalidade sonora: uma mistura de folk e rockabilly com The White Stripes e Elastica, referência explícita nas faixas "Walking Down the Street (When I Saw That Girl)" e "Huckleberry Finn". Desta forma, eles dão outro foco ao antigo ritmo, em alta hoje em dia (vide Vanguart, Mallu Magalhães). "Temos uma influência que vem de uma tradição anterior ao Dylan, de gente como Mississipi John Hurt, Leadbelly, Blind William e cantores gospel", explica a baterista, que ainda destaca a brasilidade presente no som do Dead Lover's. "Pode não parecer, mas temos um pé na música brasileira muito forte, sempre gostei de Elis Regina e os meninos escutavam muita Jovem Guarda e música popular, de Roberto Carlos a Odair José. É uma grande bagunça na verdade." E essa baderna sonora será registrada em disco, previsto para agosto deste ano.