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Força e Elevação

Há quase dois anos o selo PWR exalta a presença feminina na música

Igor Brunaldi Publicado em 21/06/2018, às 19h32 - Atualizado às 19h39

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<b>GRL PWR</b><br>
Papisa é uma das integrantes do casting da gravadora - Divulgação
<b>GRL PWR</b><br> Papisa é uma das integrantes do casting da gravadora - Divulgação

Idealizada em 2016 por Letícia Tomás e Hannah Carvalho, no Recife, a PWR Records vem apresentando um crescimento exponencial e cada vez mais se solidificando como um selo musical que veio para morar entre os grandes. Com a ideologia simples de juntar um casting de bandas com pelo menos uma integrante mulher, ele foi concebido a partir da vontade que Hannah tinha de fundar um selo e da vontade de Letícia de criar um projeto envolvendo mulheres da indústria fonográfica.

Com um surgimento espontâneo e despretensioso, a PWR evidencia a força feminina no mundo da música independente nacional. A administração é feita pelas duas criadoras, que hoje contam também com a ajuda de Izabela Delfiol (mais conhecida como Bells), e já são mais ou menos 25 mulheres envolvidas, entre produtoras e integrantes de bandas. Elas ainda recebem o apoio de incontáveis fotógrafas, técnicas, assessoras e amigas. No line-up do selo é possível encontrar artistas de várias partes do Brasil e com diferentes trajetórias, como Papisa, projeto de Rita Oliva (ex-integrante do grupo Cabana Café e do duo Parati), o trio gaúcho Musa Híbrida, os capixabas do My Magical Glowing Lens, as curitibanas da Cora, as mineiras da Miêta e as paulistanas da Ema Stoned.

Letícia conta que, apesar da dificuldade que há por estarem longe dos “grandes centros” – ela e Hannah ficam em Recife e Bells mora em Santo André – sentem-se motivadas pela “vontade de nos sentirmos representadas por e com nosso trabalho”. “Buscamos fazer da música um meio de vida viável pra nós e para as mulheres que trabalham conosco e ao nosso redor, contribuindo para que haja um espaço seguro, com oportunidades iguais e justas e remuneração adequada.”

Apesar de não ter ainda completado dois anos de existência, a PWR já coleciona uma lista de trabalhos amplamente elogiados no cenário independente. O selo lançou recentemente o disco sombrio e mitológico El Rapto, da Cora, e pretende manter o calendário cheio durante o ano de 2018. “Para o segundo semestre, tem lançamento de disco da Papisa, da Ema Stoned e da Musa Híbrida (pela Natura Musical). Ah! E tem banda nova entrando para o selo, será nossa primeira carioca”, diz, sem revelar o nome da mais nova integrante da família PWR.