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Força e União em Grupo

Em novo disco, TRANSMISSOR explora lado roqueiro sem perder a pureza

Pedro Antunes Publicado em 09/04/2014, às 06h02 - Atualizado às 06h12

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<b>PARCEIROS</b>
(No sentido horário, a partir de cima) Debarry, Matheus, Jennifer, Corrêa, Hamdan e Marques - Divulgação
<b>PARCEIROS</b> (No sentido horário, a partir de cima) Debarry, Matheus, Jennifer, Corrêa, Hamdan e Marques - Divulgação

Não fosse pela banda transmissor, os cinco amigos Thiago Corrêa, Leonardo Marques, Jennifer Souza, Henrique Matheus e Pedro Hamdan talvez hoje estivessem distantes um do outro, passados os 30 anos de idade. “Nós nos vemos três vezes por semana”, diz Marques, guitarrista e uma das vozes do grupo formado em Belo Horizonte (Minas Gerais). “Isso sem falar dos ensaios ou quando saímos à noite para algum lugar.” O lado aglutinador do grupo trouxe, no fim de 2013, mais um membro, o baixista Daniel Debarry. Agora como um sexteto, eles preparam o terreno para o lançamento do terceiro álbum, De Lá Não Ando Só, previsto para este mês.

Desde o início das atividades do Transmissor, antes mesmo do disco de estreia, Sociedade do Crivo Mútuo (2009), a ideia central era manter os amigos por perto e, já que os trabalhos solo ainda eram inviáveis, criar uma oportunidade para mostrar as canções que cada um compunha separadamente. Somente após Nacional (2011), Marques e Jennifer lançaram álbuns próprios – e Corrêa deve seguir por este caminho em breve.

Mesmo repleto de canções introspectivas e intimistas, De Lá Não Ando Só teve como objetivo “trazer mais guitarras, soar mais roqueiro”, nas palavras de Marques. Ainda que ele assine a maioria das faixas (são oito das 12, todas gravadas ao longo de três dias de 2013), o processo de seleção de repertório foi coletivo, e ainda contou com as opiniões do produtor Carlos Eduardo Miranda. “Queríamos fazer diferente do que já havíamos gravado”, diz o guitarrista. Justamente por isso, o atual Transmissor soa mais agressivo do que nunca, mesmo sem perder a pureza. “Casa Branca”, por exemplo, cresce em direção ao refrão, e foi a canção mais “desconstruída” por Miranda, segundo conta Marques.

Os integrantes do Transmissor experimentaram prazer na quietude e solidão de seus projetos solo, mas tais experiências ajudaram na reflexão de uma visão madura da banda em relação à vida. “É um desprendimento desse sonho utópico de se isolar e compor”, diz Marques, se dizendo feliz ao estar rodeado pelos amigos novamente. “Mesmo que as lembranças [desse sonho] sejam guardadas com carinho.”