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Destaque da novela Alto Astral, Sergio Guizé também se expressa como pintor e vocalista da banda Tio Che

Lucas Borges

Publicado em 13/05/2015, às 10h59 - Atualizado às 12h25
Apesar do nome, Guizé (seg. da dir. para a esq.) nega idolatria da banda a Guevara - Divulgação
Apesar do nome, Guizé (seg. da dir. para a esq.) nega idolatria da banda a Guevara - Divulgação

Estava em uma montanha, não funcionava celular”, justifica o ator, pintor e músico Sergio Guizé ao falar sobre as dificuldades encontradas pela reportagem para contatá-lo. O Caíque da novela Alto Astral só conseguiu dar entrevista aproveitando uma ida à farmácia – uma sinusite tentava derrubá-lo. “É puxada essa coisa de ser protagonista”, ele diz. A vida de Guizé já estaria atribulada pelos compromissos com a dramaturgia por si só. Além de se dedicar à trama global, ele gravou recentemente um filme em Portugal (Beatriz Entre a Dor e o Nada, previsto para este ano) e se prepara para atuar em outros três, um deles com cenas realizadas em Paris, o que exigiu dele um curso particular de francês. Mas, quando não está diante das câmeras, o paulista de 34 anos encontra tempo para se transformar no vocalista na banda Tio Che, dona de um “punk-rock safado”, como os próprios integrantes descrevem.

“Usamos essa definição porque é tudo com bom humor. O nome é uma referência a Che Guevara, mas é irônico, porque sempre fomos politizados, mas nunca idolatrando nada, até pra não quebrar a cara”, afirma Guizé. “Não temos posição, somos libertários.”

O que nasceu há 15 anos como uma reunião de amigos da região do ABC Paulista tomou proporções inesperadas – o Tio Che já tem música, inclusive, em novela da Globo (a própria Alto Astral). “Costumo dizer que trabalho com linguagens que se complementam: faço a novela, faço a música para a novela, a capa do nosso single fui eu que pintei. As coisas vão conversando”, explica o frontman, que também estudou artes plásticas.

Guizé espera lançar em breve o primeiro disco completo com o Tio Che e, ainda, produzir novos quadros. “Às vezes saio de casa e vou procurar tela e tinta desesperado, porque acabou e preciso pintar”, conta. Ele bem que gostaria de sossegar. “Já tentei, porque assim teria menos problemas. Mas seria um pouco mais frustrante. Se posso fazer, vou fazer, por que não?”