Fãs de Grateful Dead, do punk rock da Califórnia e de Whitney Houston! Nossas escolhas de melhores documentários de música internacionais de 2017 passam por todos esses artistas e, especialmente, pela história de cinco décadas da Rolling Stone, contada em um especial de duas partes. Veja a seguir.
O filme em duas partes sobre os 50 anos da revista Rolling Stone, dos cineastas Alex Gibney e Blair Foster, detalha a evolução de uma publicação que moldou a cultura da qual falava em suas páginas. As cenas do fundador Jann Wenner com a fotógrafa Annie Leibovitz discutindo a famosa capa de John Lennon, de 1981, são um incrível testamento histórico.
O documentarista Michael Bonfiglio e o famoso fã Judd Apatow estiveram presentes durante a gravação de True Sadness (2016), interessante álbum “roots-pop” da banda, e acabaram registrando um divórcio, um nascimento e diversas crises existenciais. É uma representação em tempo de real de como problemas pessoais determinam feitos artísticos.
Uma vasta história do Grateful Dead, com foco nas explorações musicais da banda, o doc de 4h de Amir Bar-Lev acompanha a evolução de Jerry & Co. desde a época de radicais da psicodelia até a fase de gigantes das turnês corporativas. É um colosso de filme que não esconde as trevas que pairavam sob o Dead, especialmente seu líder, e isto torna a obra ainda mais poderosa.
Vislumbrando duas narrativas – uma de redescoberta do blues, outra de tragédia dos direitos humanos –, esta jornada ao coração negro do Mississippi, no meio de 1964, é profundamente ressonante hoje em dia. Conta com excelentes performances musicais de Buddy Guy, Lucinda Williams e Gary Clark Jr.
Muito antes de Green Day e Rancid se tornarem nomes conhecidos e do número 924 da rua Gilman se tornar o CBGB da Costa Oeste norte-americana, as cidades da Bay Area de São Francisco estavam gerando bandas de punk rock às dezenas. O surpreendentemente minucioso doc de Corbett Redford traça a evolução da cena desde os primeiros dias até São Francisco ser chamada de Nova Seattle.
Lee Morgan era muito grande na cena de hard-bop de Nova York, nos anos 1960. Helen More era uma fanática pelo jazz que havia ajudado o trompetista a sair das drogas e se tornado judicialmente sua esposa. Uma noite, entre dois shows em clubes da cidade, ela o matou a tiros. O retrato de Kasper Collin de dois intempestivos amantes de música é tanto uma compensação para aqueles que não conhecem o trabalho do ex-integrante do Jazz Messengers quanto uma história de amor dolorosamente trágica.
Mais do que detalhar a trajetória de sucesso de uma das maiores cantoras de todos os tempos, Can I Be Me expõe um caso célebre em que uma artista – especialmente uma mulher negra – pode ser explorada financeira e emocionalmente, tanto pela indústria quanto pela própria família. O cineasta Nick Broomfield (de Kurt & Courtney) analisa psicologicamente as causas dos problemas que levaram à morte de Whitney Houston e também joga luz sobre a “polêmica” amizade colorida entre ela e Robyn Crawford.