Por José Julio do Espirito Santo Publicado em 17/03/2010, às 14h20 - Atualizado em 12/02/2015, às 17h14
Álbum Calavera
Previsto para março
Em meio a shows e colaborações em discos de outros artistas, o trompetista e manipulador de efeitos eletrônicos Guilherme Mendonça prepara o novo disco de seu projeto, Guizado. "Antes da passagem de som [dos shows de Alzira E ("E" de Espíndola na nova alcunha da cantora e compositora)] vou dar uma passada rápida no estúdio para ajustar algumas faixas", avisa Mendonça, que integra a banda de apoio dela. O trabalho colaborativo é praxe em sua vida. Todos que tocam no Guizado também tocam em outras bandas. Calavera, o segundo álbum, deve ter bem mais convidados do que o primeiro, Punx. Desde setembro, músicos como Maurico Takara e Lúcio Maia entram no estúdio da Trama para alguma contribuição musical. "Está sendo um processo mais demorado, mas vai ficar bem acabado. Estou sendo mais detalhista e dá para editar as levadas com precisão cirúrgica", revela Guizado, que vai iniciar o selo Punx para lançar o trabalho em parceria com a Trama. Desta vez, metade das faixas ganham voz. "As letras são meio parnasianas, viajantes", ele diz, "mas não dão uma estrutura de canção para as faixas". As novas músicas já estão sendo testadas nos shows com uma resposta menos contemplativa do público. "Mais do que o lado eletrônico, estou curtindo o som do trompete, mas não na linha do jazz, que foi uma de minhas primeiras influências", Mendonça explica. "O disco tem uma pegada de música global. Dá para perceber sons que têm origem no México, no norte da África e nos Bálcãs." Isso justifica a percussão e, em especial, o naipe de metais. "Mas nada com palheta", ele comenta. "Nada contra o saxofone, mas eu quero algo com mais punch para as faixas."