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Hip-Hop em Horário Nobre

Slim Rimografia aproveita o rótulo de ex-BBB para ampliar a carreira na música

Marcos Lauro Publicado em 12/05/2014, às 20h59 - Atualizado às 21h02

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Seguro
Slim não sente preconceito por ter participado do reality show

 - Silvia Espíndola
Seguro Slim não sente preconceito por ter participado do reality show - Silvia Espíndola

Ao acompanhar o rapper Slim Rimografia pelas ruas do Parque Figueira Grande, zona sul de São Paulo, ouve-se o cumprimento “Valeu, Slim!” ao menos 20 vezes em cerca de meia hora. Slim participou da 14ª edição do Big Brother Brasil e bateu na trave: saiu poucos dias antes do término do programa, no penúltimo paredão. “As pessoas ainda precisam de um grande veículo para ter acesso à informação. Muita gente que me conhece aqui do bairro não sabia que eu fazia rap”, observa Slim – ou Valter Araújo, seu nome de registro –, fazendo questão de responder a cada cumprimento na rua. “As pessoas que eu encontro se sentiram representadas.”

Hoje, Slim faz rap, mas ele tem uma trajetória que passa também por outros elementos da cultura hip-hop: chegou ao grafite em 1996, arriscou uma carreira no break e, em 2000, partiu para as rimas. “No começo pensei que minha voz não combinava com o rap por ser mais aguda. Mas vi que tinha campo e fui para as batalhas de improviso”, conta. O artista conseguiu se destacar nas batalhas, fez aulas com Thaíde e se sentiu pronto para encarar uma carreira ao microfone. Além da carreira na música, com dois discos e duas mixtapes, Slim assina também uma adaptação do poema “O Navio Negreiro”, de Castro Alves, que foi lançada em 2011 e agora deve ser distribuída pelo Ministério da Educação como material didático nas escolas.

Com essa trajetória, o rapper adicionou ao seu nome o perigoso rótulo de “ex-BBB”, que derruba muitos candidatos ao meio artístico depois da superexposição no reality show. Slim afirma que não teme o rótulo, e que pretende se apropriar dele para ampliar o alcance do seu trabalho. Ainda assim, a “presença VIP”, quando ex-BBBs e celebridades aparecem em festas em troca de um cachê, não está fora de cogitação. “Não é o foco, mas se pintar e der uma grana para eu investor no meu trabalho, eu topo”, ele afirma. Ainda vivendo o turbilhão pós-BBB, Slim deve retomar a rotina de shows neste mês. Além disso, o rapper tem ideias para novos clipes e algumas músicas inacabadas. “Não vejo a hora de ligar meus equipamentos e fazer uns beats novos”, diz. “Vida real, mundo real e fazendo o que eu amo.”