“A voz de Nat sempre esteve presente em minha vida”, diz o cantor
Gregory Porter é um dos raros artistas de hoje em dia que ainda dominam com maestria os idiomas sonoros vintage da música negra norte-americana, como gospel, blues, work songs e jazz. Porter esteve no Brasil em outubro para realizar duas apresentações, uma em São Paulo, no Cine Joia, e outra no Rio de Janeiro, no Vivo Rio.
Na ocasião, ele aproveitou para falar sobre o trabalho que está lançando, chamado Nat “King” Cole & Me. Pelo título, já fica claro que se trata de um tributo ao lendário crooner, que morreu em 1965. “A voz de Nat sempre esteve presente em minha vida”, ele fala. “A música dele me inspirou de muitas formas, especialmente quando escrevo minhas próprias canções. Nat cantava com honestidade e emoção. Escolhia o que gravava com muito bom gosto. Pautou a minha conduta artística.”
No repertório do trabalho estão grandes hits, como “Mona Lisa” e “Smile”, mas Porter conta que decidiu ficar longe de uma coleção de sucessos óbvios. “Eu resgatei várias facetas da obra dele. Nat começou como cantor e pianista de jazz. Depois, enveredou pelas baladas orquestradas. Tem tudo isso no disco, além de eu também recordar um pouco a fase latina dele.”