Entre os shows festivos do Little Joy e o retorno aos holofotes com os Strokes, o brasileiro Fabrizio Moretti tenta resgatar suas raízes perdidas
A temperatura passados 30 graus dentro do clube noturno lotado em São Paulo, na última quinta feira de janeiro, e o Little Joy está no palco. Aquele seria o segundo dos três shows na cidade, e um dos oito que o trio - que no palco se transforma em sexteto- realizou no país. Do lado direito, a poucos metros do amigo(e eterno Los Hermanos) Rodrigo Amarante e da namorada e cantora Binki Shapiro, Fabrizio Moretti tem uma guitarra tenor pendurada no pescoço e fecha os olhos para cantar "This Time Tomorrow", clássico do grupo sessentista The Kinks. A voz soa rouca e embriagada de cerveja, porém o sorriso, esmiuçado a cada estrofe, denota a mais pura satisfação. Sob o paletó cinza, a camiseta lilás está encharcada de suor.
A situação é bem mais amena quando me encontro com Moretti nove horas antes, no saguão do hotel executivo em que estava hospedado. A seu lado, nenhuma lata de cerveja, mas uma xícara de café expresso com leite vaporizado. "Oi, tudo bem?", ele se dirige sorrindo, com um sotaque notável, uma mistura de gringo com carioca.
Você lê esta matéria na íntegra na edição 30, março/2009