Evaldo Braga e Sidney Magal são tema de biografias
Quando o livro Eu Não Sou Cachorro Não, de Paulo Cesar de Araújo, foi lançado, em 2003, um novo público passou a se familiarizar com a trajetória de artistas populares que fizeram sucesso na década de 1970 e viviam à margem da MPB elitizada.
Um desses cantores foi Evaldo Braga, que morreu em 1973, ainda no auge. Ele agora ganha uma homenagem própria em biografia escrita por Gonçalo Junior, intitulada Eu Não Sou Lixo: A Trágica História do Cantor Evaldo Braga. “Ele era um personagem trágico, o que é algo atraente para um biógrafo. Foi criado em um orfanato, morou na rua e morreu em um acidente de carro”, relata o autor. Gonçalo Junior diz que muitos torcem o nariz para a chamada “música brega”, mas ele procura combater isso. “Sempre fui contra o preconceito acerca do gênero musical e escrevi um livro que queria que fosse provocador. Braga tinha uma luz própria”, reflete.
Outro ícone daquela época também ganhará um livro em breve: Sidney Magal. Bruna Ramos da Fonte será a responsável pela obra. “Em 2012, eu fazia pesquisas para o meu livro Essa Tal de Bossa Nova, sobre o Roberto Menescal. Liguei para o Magal para que falasse do tempo em que Menescal era diretor artístico da Polygram. No papo, eu disse que também gostaria de contar a história dele.” Anos depois, o cantor telefonou para a autora e eles resolveram tocar o projeto. O livro, programado para o segundo semestre, se chama Sidney Magal: Muito Mais Que um Amante Latino. “Quisemos resgatar todas as outras facetas e passagens de vida dele, que são de uma riqueza imensurável”, conforme ela explica