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Incorporando os Clássicos

Os integrantes do The National não se preocupam mais se são “branquelos sem graça”

David Browne | Tradução: J.M. Trevisan Publicado em 14/05/2013, às 16h32 - Atualizado às 16h35

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<b>Tesouro nacional</b> Dessner (à esq.) e Berninger, em Nova York - charlotte de mezamat
<b>Tesouro nacional</b> Dessner (à esq.) e Berninger, em Nova York - charlotte de mezamat

Álbum Trouble Will Find Me

Previsto para 21 de maio

Analisando retrospectivamente, o National provavelmente não deveria ter tentado gravar o sexto disco na noite em que o furacão Sandy atingiu Nova York. O grupo havia acabado de se ajeitar no estúdio Clubhouse – onde havia planejado morar e trabalhar pelos meses seguintes – quando o vocalista Matt Berninger espiou pela janela e viu uma árvore caindo. De repente, a energia elétrica se foi. “Tudo ficou sem luz por uns dias”, ele conta. “Não somos o tipo de banda que fica sentada tocando violão e tomando vinho. Então, acabou sendo até meio cômico.”

Mas, depois do início difícil, Trouble Will Find Me saiu fácil. Quando a banda começou a compor o material novo em 2011, ainda estava sob os efeitos do sucesso de High Violet (2010). “Quando começamos, não éramos exatamente uma banda cool como o Strokes ou o Interpol”, diz Berninger. “Por anos, tentamos provar que não éramos branquelos sem graça. Desta vez não temos que provar nada. Pensamos: ‘Não vamos nos preocupar se uma música é cool ou moderna o suficiente’.”

Berninger também ficou obcecado por Roy Orbison – uma influência perceptível na nova e exuberante “Heavenfaced”. “Ele escrevia canções pop”, diz, “mas elas eram longas e tinham várias partes diferentes.”