Anton Corbijn traça a vida - e a morte - de Ian Curtis
Quando Bernard Sumner assistiu a Control, o filme sobre a vida de seu parceiro de Joy Division, Ian Curtis, ele admitiu ter retornado a "uma parte muito sombria das nossas vidas". "O suicídio de seu melhor amigo não é fácil de esquecer", define o líder do New Order, grupo formado a partir dos restos do extinto quarteto.
O filme, que será lançado em outubro nos Estados Unidos (sem data no Brasil), é o primeiro dirigido pelo fotógrafo Anton Corbijn, mais conhecido por seu trabalho com o U2 e o Metallica. Control traça a vida de Curtis desde a infância, quando era fã de David Bowie, passando por seu casamento ainda adolescente até chegar à depressão suicida que o consumiu. No caminho, ele encontra seus colegas de banda em um show do Sex Pistols e enfrenta os problemas de ser um pai jovem. "Não queria fazer uma versão estilo Hollywood", diz Corbijn, que filmou na cidade natal do músico, Macclesfield.
Sam Riley, de A Festa Nunca Termina, faz o papel de Curtis. A trilha sonora ficou por conta do New Order. Pressionado para encontrar erros no filme, Sumner disse: "Acho que Peter [Hook, o baixista] fuma no filme, mas não na vida real. O resto ficou bem preciso."