Os bastidores da grandiosa turnê norteamericana do Coldplay
Minutos antes do show, no camarim escuro do Coldplay, em Dallas (Texas), Chris Martin abre uma garrafa de uísque Jameson. Toma um gole, joga a cabeça para trás e faz gargarejo. Pelo menos uns dez frascos de comprimido sujam o chão perto do tapete de ioga do vocalista. No entanto, toda a cena é muito menos decadente do que parece: as pílulas são vitaminas, e o uísque é - em boa parte - para lubrificar a garganta de Martin para as muitas notas agudas e trêmulas que virão. "Empolgante aqui, não?", brinca o baterista Will Champion, que passa a maior parte de seu tempo antes do show jogando futebol virtual no PlayStation 3. "Igualzinho ao camarim do Mötley Crüe!".
O Coldplay está no meio da maior turnê da carreira, e o disco Viva la Vida or Death and All His Friends fez com que a banda se tornasse líder de vendas em 2008 no mundo inteiro (eles têm problema para aceitar o fato: "Na maior parte do tempo, nos sentimos uns perdedores", diz o tranqüilo baixista Guy Berryman). Mas, enquanto eles estão no backstage, há boatos em toda parte de que a banda irá se separar: Martin, 31 anos, disse a um jornal britânico que considerava 2009 como o último ano do Coldplay - mas ele não quis realmente dizer isso. Ele explica que a banda tem um plano ambicioso para gravar e lançar o sucessor de Viva la Vida ainda este ano (eles planejam trabalhar novamente com a equipe de produção de Brian Eno e Markus Dravs) e definir uma data final apenas faz com que o grupo se mantenha focado.
Você lê esta matéria na íntegra na edição 28, janeiro/2009