Supercordas supera percalços, mas abraça o underground e lança novo álbum
A sensação era de alívio naquela sexta-feira à noite, no quintal da Casa do Mancha, casa de shows na Vila Madalena (São Paulo). A Mágica Deriva dos Elefantes, segundo disco dos cariocas do Supercordas, seria lançado no dia seguinte, após cinco ou seis anos de gestação – nem os próprios músicos precisam qual o tempo correto que passaram produzindo e compondo o disco. “Fizemos uma demo achando que poderíamos gravar depois em um lugar maior, mas o estúdio que conseguimos era parecido com o que tínhamos em casa”, lembra o baixista Diogo Valentino. Depois de perdas de HDs, gravações caseiras e discos solos do vocalista Pedro Bonifrate, a mudança do guitarrista Felipe Giraknob para São Paulo aproximou a banda de um lado mais alternativo. E assim o novo disco foi masterizado em três dias. “O [dono da Casa] Mancha puxou a gente para essa parada do underground, de ‘vamos fazer’ o disco sair”, define Valentino.