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Mais Que Rock

No aguardado segundo disco, Far From Alaska mantém peso e experimenta sonoridades eletrônicas

Lucas Brêda Publicado em 15/07/2017, às 16h38 - Atualizado às 16h39

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<b>Longe das origens?</b><br>
Edu Filgueira, Cris Botarelli, Emmily Barreto, Lauro Kirsch e Rafael Brasil: disco novo do FFA em som eletrônico e Auto-Tune
 - Murilo Amancio/ Divulgação
<b>Longe das origens?</b><br> Edu Filgueira, Cris Botarelli, Emmily Barreto, Lauro Kirsch e Rafael Brasil: disco novo do FFA em som eletrônico e Auto-Tune - Murilo Amancio/ Divulgação

Álbum Unlikely

Previsão Agosto

Um riff grave e distorcido abre caminho para os vocais abafados de Emmily Barreto em “Bear”, do segundo disco do Far From Alaska, Unlikely. A estrutura remete àquela que catapultou a banda no debute, modeHuman (2014), mas não dura muito. Segundos depois, batidas eletrônicas dão o groove e a multi-instrumentista Cris Botarelli emenda backing vocals talhados em Auto-Tune. “Tentei fazer tipo um portfólio do que estava me deixando instigada”, conta Cris, responsável pelos elementos eletrônicos, citando os álbuns Anti (Rihanna) e The Life of Pablo (Kanye West, ambos de 2016). “O Auto-Tune foi quase um tributo pessoal ao Kanye [risos].”

Unlikely é resultado de uma busca por identidade. “Começaram a encarar a gente como uma banda de stoner rock”, lembra ela. “Isso nos incomodou, não sustentamos essa imagem da jaqueta de couro e óculos escuros. Quando fomos fazer o disco, queríamos que as pessoas entendessem quem somos.” Na transição, o peso segue intacto – ri¬ffs incendiários, baterias cheias e vocais gritados –, mas, se modeHuman soava sério e sisudo, Unlikely é mais relaxado e, consequentemente, criativo. “O pop/rap atual é uma lição para nós, roqueiros”, comenta a artista sobre a abertura a ideias. “O disco do Kendrick [Lamar] é coisa de gênio. O rock não está na mesma empolgação.”

Ainda que não represente uma mudança radical, o segundo LP do Far From Alaska assume o crescimento veloz do grupo nos últimos anos (até a recente participação na edição francesa do Download Festival). “Chegamos quase no teto para bandas que cantam em inglês no Brasil. De festival grande, já tocamos em todos, só não no Planeta Atlântida e no Rock in Rio”, Cris analisa, adiantando os planos. “Não queremos voltar a ter empregos ‘normais’, queremos crescer. E como fazemos isso? Indo lá para fora.”