Empresário do Sex Pistols transformou a provocação em uma forma de arte
Malcolm Mclaren, que morreu de câncer, na Suíça, em 8 de abril, aos 64 anos, é conhecido por ter concebido e empresariado o Sex Pistols. No entanto, ao longo de sua carreira, McLaren - igualmente agente, artista e empresário - sentia alegria com a provocação, da invasão do Pistols aos Estados Unidos, em 1978, à mistura de hip-hop com folk de menestréis em seu sucesso "Buff alo Gals", de 1983. Em 2008, McLaren contou que sua avó cultivava esta filosofia. "Ela dizia: 'Ser bonzinho é simplesmente tedioso'. Então, quem quer ser bom?" Nos anos 70, comandou a butique Sex, em Londres, onde ele e sua namorada na época, a estilista Vivienne Westwood, especializaram-se em roupas para bondage. McLaren agenciou o New York Dolls por pouco tempo, mas encontrou sua verdadeira vocação quando concebeu a ideia de uma banda confrontadora, recrutando Glen Matlock, funcionário da loja, e John Lydon, frequentador. "Malcolm definitivamente foi o Brian Epstein do punk". Diz Steve Jones, guitarrista do Sex Pistols. Depois da implosão do Pistols, McLaren agenciou Adam and the Ants e gravou uma série de álbuns que incorporavam rap, ópera, eletrônica, mas sua promoção incansável do punk será seu verdadeiro legado. "Foi maravilhoso conseguir vender algo horrível", disse McLaren, em 2008. "Fizemos da feiura algo bonito."