Política e engajada, a argentina também conseguiu ser popular em vários países
Uma das mais conhecidas cantoras da música latina-americana, a argentina Mercedes Sosa rodou o mundo com suas canções engajadas e influenciadas pelo folclore de sua terra. Haydée Mercedes Sosa nasceu em 1935, em San Miguel de Tucumán. Começou a cantar em programas de rádio e, em 1959, gravou seu primeiro álbum, La Voz de la Zafra. A cantora e seu marido, Manuel Óscar Matus, foram primordiais para popularizar o movimento chamado nueva canción, que juntava folclore ao ativismo político. No meio dos anos 60, Mercedes já era conhecida fora de seu país. No começo da década de 70, gravou os álbuns conceituais Cantata Suda mericana e Mujeres Argentinas. Um disco que lançou em 1971, em homenagem à chilena Violeta Parra, trouxe a música que se tornou a marca registrada da artista: "Gracias a la Vida". Depois que a junta militar do General Jorge Videla assumiu o poder, em 1975, a cantora passou a ser censurada e perseguida. Em 1979, foi presa depois de um show, foi libertada e achou melhor sair da Argentina, indo morar na França e na Espanha. Só retornou ao seu país no começo de 1982. Mercedes Sosa sempre teve uma relação muito forte com o Brasil. Esteve aqui incontáveis vezes e gravou canções de Milton Nascimento. La Negra, como era conhecida, morreu no dia 4 de outubro, em Buenos Aires, devido a complicações renais e respiratórias.
Você lê esta matéria na íntegra na edição 38, novembro/2009