Festival Casarão, de Rondônia, concentra programação em bandas locais
Agraciado com R$ 80 mil do 1º Edital Petrobras de Festivais de Música e mais R$ 80 mil arrecadados com patrocínio e ingressos (de R$ 40 a R$ 60), o Festival Casarão reuniu 32 bandas em Porto Velho (RO), de 2 a 4 de maio.
Optando por apresentar majoritariamente bandas do estado e da região Norte em vez de grupos do restante do país, a maratona teve cerca de metade de cada noite preenchida por bandas de hardcore e metal. "As melhores bandas daqui não são tendenciosas nestes estilos, elas começam fazendo essa sonoridade, e são as que abrem as noites. Faço isso mais pra ajudar a banda e não colocar tão cedo as melhores e as que vêm mais de longe", explica Vinicius Lemos, curador da festival, que concorda que nem todos os grupos merecem "ajuda": "O ideal seria apenas sete ou oito dessas bandas", lamenta sobre a obrigatoriedade de o festival apresentar 40% de artistas locais imposta pelo edital que o financiou.
A diversidade ficou a cargo das locais Di Marco e Hey Hey Hey e da amazonense Mezatrio, além de Macaco Bong (MT), Do Amor (RJ) e Ecos Falsos (SP). A primeira noite foi amarrada por Cachorro Grande (RS), enquanto Pitty encerrou os trabalhos em um terceiro palco para o maior público do evento: 3 mil pessoas.