Essa não é a primeira vez que o nome do fotógrafo aparece associado à polêmicas semelhantes
A modelo Charlotte Waters, inicialmente anônima, postou nesta semana no Reddit um relato envolvendo o fotógrafo Terry Richardson. A modelo resolveu se pronunciar após ler sobre outros casos que acusavam o fotógrafo de abuso sexual.
“Eu pensei: sei exatamente do que essas pessoas então falando”, disse ela à Vocativ. “Mas os artigos eram todos muito vagos e sobre ‘rumores’, então eu queria dizer: ‘Ei, eu passei por isso pessoalmente. Não são apenas boatos.”
Charlotte ainda afirmou que a assistente de Richardson estava presente durante o ocorrido, e que depois ambos agiram com naturalidade. “Parecia que já tinham feito isso milhões de vezes.”
A modelo vai denunciar o fotógrafo, mas acredita que nada pode ser feito já que não disse explicitamente para que ele parasse. Em relação às inúmeras celebridades que são fotografadas com ele e por ele – como Rihanna, Beyoncé, Jared Leto (foto), Miley Cyrus, Barack Obama e Woody Allen - Charlotte diz não culpá-las, “Elas não tinham como saber da verdade”.
No final do mês passado, as modelos Sara Ziff e Alise Shoemaker, da Model Alliance, afirmaram que não trabalhariam com Richardson. “[Ele] vai pedir para que você tire suas roupas no casting e, em alguns casos, faça favores sexuais”, disse Sara ao Huffington Post.
Desde que a história de Charlotte Waters foi publicada na Vocativ, outra modelo contatou o site para fazer uma denúncia semelhante. Marcas como a H&M e a Equinox afirmaram que não estão trabalhando com o fotógrafo atualmente.
Em uma carta intitulada “Corrigindo os rumores” publicada nesta sexta-feira, 14, pelo Huffington Post, Terry Richardson se defendeu das acusações. “Eu nunca usei uma oferta de trabalho ou ou uma ameaça de reprovação para para obrigar alguém a fazer algo.” Ele ainda explicou que respeita as pessoas com quem trabalha e que reconhece o livre arbítrio delas para tomar decisões. “Acreditar em tais rumores não é só um desserviço ao espírito dos esforços artísticos mas, mais importante, às vítimas reais de exploração e abuso.”