Mania lá fora, TVs online no Brasil trocam inovação por repetição de clichês
Tv na internet deveria ser sinônimo de inovação tecnológica e experimentalismos em forma, conteúdo e transmissão. No caso da Current TV, de Al Gore, ou da nova-iorquina VBS, a abordagem caminha na direção do novo, com programas cujos formatos surpreendem pela criatividade. No Brasil, país com 40 milhões de pessoas na web e líder mundial em tempo médio mensal de navegação residencial (23 horas e 51 minutos), as emissoras na internet esbarram na falta de recursos e em um jeito pouco inventivo de fazer TV.
Há dois anos no ar, a TV Orkut é uma das mais populares na rede (a única relação entre a emissora e o site é o fato de ambos estarem na web). Presidida por Petrúcio Melo, produz conteúdo exclusivo para veiculação via rede, assim como a allTV, a primeira do segmento no Brasil, e a TVI. As três fazem parte de um cenário crescente, mas tedioso, que lança atrações de estética questio-nável e ausência de inovação.
Ex-jurado de programas de calouros (a lista inclui Chacrinha, Silvio Santos e Raul Gil) e ex-apresentador da allTV, Melo acredita na emissora como uma alternativa à TV convencional. Tanto que foi buscar personagens deixados de lado por ela há algum tempo: o deputado estadual Conte Lopes e a "versão hardcore de Didi Mocó", Marquito, que recebeu da TV Orkut as noites de quinta para o seu Marquito Show.
Você lê esta matéria na íntegra na edição 21 da Rolling Stone Brasil, junho/2008