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Música com Afinco

Apesar das dificuldades de se viver como artista no meio independente, Bruno Souto prepara segundo álbum solo

José Flávio Junior / Brittany Spanos Publicado em 08/01/2016, às 17h29 - Atualizado às 18h32

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<b>FORÇA E RAÇA</b>
Souto registrando o segundo trabalho sem a banda Volver. - Divulgação
<b>FORÇA E RAÇA</b> Souto registrando o segundo trabalho sem a banda Volver. - Divulgação

Álbum Forte

Previsto para maio

Quando pensou em batizar o segundo trabalho solo de Forte, o pernambucano Bruno Souto pesquisou e ficou surpreso por não encontrar outras obras na música popular brasileira com esse título. O nome foi ficando, “ganhando força” e agora não deve mais mudar. Além de o termo casar bem com os temas prediletos do cantor e compositor que um dia liderou a banda Volver (angústias com a passagem do tempo, com os relacionamentos amorosos, com a esperança ou a ausência dela), também explica a própria condição de Souto. “Tem de

ser muito forte para se manter como artista independente no Brasil”, suspira.

Com a resiliência necessária para encarar a missão, Souto gravou as nove faixas do álbum no estúdio paulistano Cambuci Roots. O próximo passo será o mais árduo: ir atrás dos selos para oferecer o material.

Como na estreia, vários convidados abrilhantaram as sessões. Marcelo Jeneci precisou de um só take para encaixar sua sanfona em “Repare”. Já Regis Damasceno (Cidadão Instigado) gravou guitarras para “Muito Além de Nós”. A cantora Verônica Ferriani contribuiu no refrão de “Desconcerto”.

O pernambucano defende que o disco está mais coeso do que o primeiro: mais direto, pop e com maior predominância de soul nos arranjos. “Madrugada” tem até saxofone, além de um arriscado falsete do cantor. “É uma onda Marvin Gaye do Cariri”, brinca.

José Flávio Junior

Sia

Álbum This Is Acting

Previsto para 29 de janeiro

Em 2015, sia furler estava no estúdio com Adele, ajudando a compor as músicas para o que se tornaria o álbum 25. A parceria rendeu bem, mas a britânica não incluiu nenhuma faixa que escreveu com a compositora australiana em 25. “Talvez as canções tivessem muito da minha voz e pouco da dela”, afirma Sia. As duas composições que resultaram da sessão acabaram no novo álbum de Sia, que tem um conceito diferente: está cheio de músicas rejeitadas por artistas do primeiro escalão. “Sinto que são hits, mas ninguém os quis”, conta. “Então, pensei: ‘Vamos ver como um experimento, ver se estou certa’.” Com toques de reggae, “Cheap Thrills” era, nas palavras de Sia, “fofa” demais para Rihanna. “Footprints” foi uma sobra de uma sessão com Beyoncé. “E você perceberá que uma foi rejeitada pela Shakira porque soo como a Shakira”, ri.

Brittany Spanos