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Música Reinventada

Após um álbum de ritmos regionais, Roberta Sá tenta não se repetir

José Julio do Espirito Santo Publicado em 13/02/2012, às 12h01

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<b>MEIO SEM QUERER </b> Roberta diz que o caminho mais pop veio de forma natural - GUI PAGANINI/DIVULGAÇÃO
<b>MEIO SEM QUERER </b> Roberta diz que o caminho mais pop veio de forma natural - GUI PAGANINI/DIVULGAÇÃO

Não tive a intenção de fazer um disco mais pop”, diz Roberta Sá, tentando definir seu mais novo trabalho, Segunda Pele. Ela acaba de chegar em casa depois de uma ponte aérea e um dia repleto de entrevistas, em São Paulo. Já passa das 22h, mas sua voz continua luminosa como uma manhã na praia. A cantora potiguar (que adotou o Rio como lar há mais de 20 anos) acabou de lançar seu quinto álbum, que tem arranjos de sopros inspirados na orquestração de Rogério Duprat e texturas digitais em harmonias bem mais ricas que o pop de todo dia.

“Para a galera que faz uma música mais conservadora, este disco é pop. Para a turma do pop, é uma música mais sofisticada”, ela explica. “Fico um pouco nesse meio do caminho, que eu gosto muito.” É, enfim, seu disco mais eclético, e o samba aparece discretamente. “Seria muito simples fazer um Que Belo Estranho Dia pra se Ter Alegria 2, que é um disco em que o samba está muito presente. Foi um desafio mesmo”, Roberta fala sobre a radical ideia inicial de que Segunda Pele fosse desprovido do gênero que ela admite amar. “Eu, como público, não gosto muito de artistas que se repetem”, confessa. “Me interessam muito mais artistas como, por exemplo, Ney Matogrosso, que se reinventa. Meu único foco era não me repetir.”