Leoni explora o alcance da internet enquanto busca o pop perfeito
Ele fez a ponte de hitmaker dos anos 80 (frente ao Kid Abelha) a pioneiro na construção de uma estrutura de comunicação
e negócio via internet. Ativista em questões políticas, interessado em cultura digital e fi delização de consumidores, o carioca Leoni segue compondo e buscando soluções para o negócio da música
Quando você percebeu que gerenciar a sua própria carreira seria a única forma de sobreviver na música?
Foi no fim da década de 1990, depois de passar oito anos levando as fitas demo dos meus trabalhos para as gravadoras e
ficar ouvindo "não". Uma hora tive que tomar uma atitude e criei um selo para lançar meu disco. A partir daí, comecei a
ter que me gerenciar e disso veio um convite da Som Livre. Fizemos dois projetos juntos e consegui voltar a ter uma carreira regular, aparecendo, fazendo shows e tendo músicas em rádio e TV.
O que fez você ver a força que a internet poderia ter no alcance do seu trabalho?
O Orkut. Percebi que, se eu desse um pouco de presença ali, a coisa crescia. Quando entrei, havia apenas uma comunidade sobre mim, com 40 pessoas. Rapidamente viraram mais de 150 comunidades, sendo que a maior tinha mais
de 50 mil cadastrados. Fiquei pensando como manteria aquilo se, por acaso, o Orkut acabasse. Como mandaria e-mails, como me comunicaria? Daí, eu quis criar um site semelhante ao Orkut, mas que fosse melhor e que não se baseasse
em seções estáticas que as pessoas pouco voltam para ler. Era preciso ter ferramentasde "input", pois, quando eu acionava, a resposta vinha.
Você lê esta matéria na íntegra na edição 31, abril/2009