Nexo Improvável

NXZero grava o que chama de “primeiro CD de verdade”

Paulo Terron

NXZero em horário de trabalho no estúdio Midas, em São Paulo
NXZero em horário de trabalho no estúdio Midas, em São Paulo

Álbum ainda sem nome.

Previsão: meio de junho

Há horas nas quais só a juventude salva – e o NXZero sabe muito bem disso. A correria da agenda de shows da banda paulistana fez a gravação do novo CD ser resumida a 20 apertados dias no estúdio Midas, em São Paulo. Parece pouco, mas foi menos ainda: para aparar as arestas das novas composições e ensaiar os arranjos, os músicos só conseguiram dez dias livres de compromissos. “Mesmo assim ainda apareciam umas coisas, uns programas de TV”, corrige o baterista Dani Weksler. O resultado – além das 13 faixas inéditas (mais um interlúdio e a versão de “Apenas Mais Uma de Amor”, de Lulu Santos) – foi uma gastrite nervosa do vocalista Di Ferrero. “Não conseguia dormir, estava com uma pressão dentro de mim. E isso também serviu de inspiração”, diz o cantor.

A solução foi extravasar na gravação mesmo, segundo o baixista Caco Grandino. “Muita coisa do que rolou foi feita na hora, gravando. Foi assim com uns 40% dos arranjos e das letras.” Por mais incrível que pareça, o resultado final não soa improvisado ou apressado. A faixa “Daqui pra Frente” tem um vocal seguro, com variações rítmicas que lembram os melhores momentos do já veterano Fall Out Boy (influência declarada do quinteto brasileiro).

Rick Bonadio e Rodrigo Castanho produziram o novo trabalho (ainda sem nome, mas com alguns candidatos: Daqui pra Frente, Na Hora Certa, Como Tem que Ser), que acrescenta outros elementos ao núcleo roqueiro básico da banda (estão lá piano, violino, violoncelo) e até um rap, cantado por Túlio Deck em “Bem ou Mal”. “Mas tem um monte de hardcore também”, completa o guitarrista Gee Rocha. “Mais pesados até que os do disco anterior.”

O terceiro álbum do NXZero (o segundo pela Arsenal, que é distribuída pela Universal Music) será puxado por “Cedo ou Tarde”, que deve chegar às rádios em breve. “O grande lance é que é o nosso primeiro CD de verdade”, explica Weksler. “As músicas do NXZero (2006) não eram da mesma época. Neste todas se encaixam.”

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