Fotógrafo de celebridades e bon vivant, Brad Elterman clicou e conviveu com alguns dos nomes mais famosos da música
O sonho de qualquer adolescente fã de música era estar em Los Angeles na metade dos anos 70. Em 1974, Brad Elterman era um rapaz de 16 anos que teve a sorte de fotografar um show de Bob Dylan. Foi o bilhete para penetrar num mundo inimaginável de festas exclusivas, repletas de rock and roll, celebridades, groupies e excesso. Mas o jovem, mesmo cercado por tantas tentações, se profissionalizou e suas fotos, geralmente flagrando rockstars, artistas de cinema e modelos em momentos incomuns, correram o mundo. Algumas delas podem ser conferidas no livro Like It Was Yesterday (Editora Blurb), ainda não lançado no Brasil. O agora cinquentão Elterman relembra com um suspiro: "Ah, quem não tem saudade da juventude? Eram tempos em que valia tudo, ninguém tinha pudor em gastar 200 mil dólares numa festa. Não existia esse controle absoluto, nem necessidade de mil assessores em volta. Os anos 70 eram um tempo especial, existia mágica. Nos anos 80, tudo começou a perder um pouco a graça". O trabalho de Elterman chama a atenção pelo grau de intimidade que suas imagens apresentam. Ele explica como teve acesso a tanta gente que parecia inatingível: "É importante que as pessoas tenham confiança em você. Na época, eu era um adolescente cabeludo e tímido. Era um lance meio parecido com o que acontece no filme Quase Famosos. Por isso fui aceito no circuito dos figurões. Perceberam que eu estava lá como um amigo, sem a intenção de fazer algum tipo de sacanagem ou de me aproveitar das situações". Elterman ainda vive de fotografia - no comando de uma agência -, mas de certa forma pendurou as lentes: "Vou fotografar quem? Britney Spears, Paris Hilton? Essa gente não me interessa. Não basta ser celebridade, tem que ter pelo menos um pouco de talento. E não enxergo muito isso hoje em dia".