Nova Etapa, Velhos Desafios

Consciente das dificuldades do mercado, Legalê prepara single e turnê pelo Brasil

Gabriel Nunes

Publicado em 18/07/2016, às 09h03 - Atualizado em 21/11/2016, às 15h53
(Da esq. para a dir.) Carazzatto, Penna, Costa, Atta e Virmond: jornada dupla em nome da música - Gabriel Wewlke/Divulgação
(Da esq. para a dir.) Carazzatto, Penna, Costa, Atta e Virmond: jornada dupla em nome da música - Gabriel Wewlke/Divulgação

Após estrear um ano atrás com o disco Esquina do Mundo, a banda Legalê explora novas searas e prepara terreno para lançar a faixa “Cadarço Velho”. Apesar de a canção ainda estar em um estágio bastante cru, Rodolpho Carazzatto, baterista do grupo formado em Bauru, interior de São Paulo, declara sem modéstia: “Tá foda”.

Radicado na capital paulista há quase uma década, Carazzatto acredita que a transição da interiorana Cidade do Sanduíche para a caótica Terra da Garoa foi imprescindível para a maturação do som do quinteto. “Nossa música ficou mais adulta e mais ‘urbana’. São Paulo influenciou muito na lapidação do nosso estilo”, declara o baterista.

Como toda ruptura, a mudança de município não foi isenta de obstáculos e contratempos. Trabalhando em empregos paralelos durante o dia, os rapazes do Legalê se reuniam à noite para ensaiar em um pequeno estúdio improvisado no porão da casa em que moravam. “Viver de música sempre foi difícil, mas parece que hoje em dia a cena musical nacional é mais restrita do que nunca.”

Depois de um longo período no sítio de um amigo em Bauru, a banda retornou a São Paulo com material suficiente para um disco. “Das quase 50 composições, selecionamos apenas 11”, diz Carazzatto. Em seguida, os integrantes se internaram no estúdio El Rocha para conceber Esquina do Mundo.

Além do novo single – previsto para a segunda quinzena de agosto –, a banda formada por Carazzatto, Vinícius Costa (voz), Lucas Penna (baixo), Felipe Atta (guitarra) e Lucas Virmond (guitatta) pretende articular até o fim do ano uma extensa turnê pelo Brasil. “A intenção é começar até a última semana de agosto em São Paulo, para chegar à Bahia a tempo do verão.”

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