O Adeus a Scott Weiland

Brilhante mas trágico, vocalista do Stone Temple Pilots e do Velvet Revolver não conseguiu se salvar do vício

Lucas Brêda

Publicado em 11/01/2016, às 15h08 - Atualizado em 12/02/2016, às 19h38
<b>CEDO DEMAIS</b>
Scott Weiland era intenso no palco - UPPA/STAR MAX/IPX/AP IMAGES
<b>CEDO DEMAIS</b> Scott Weiland era intenso no palco - UPPA/STAR MAX/IPX/AP IMAGES

“Estou de saco cheio de falar sobre heroína e cocaína”, Scott Weiland disse à Rolling Stone EUA em 2004. “Estou de saco cheio de falar sobre como é estar no banco de trás de um carro de polícia.” No último dia 3 de dezembro, o ex-vocalista do Stone Temple Pilots e do Velvet Revolver não estava no banco de um carro policial, mas sim do ônibus de turnê da Wildabouts, última banda dele. Aos 48 anos, Weiland sofreu uma parada cardíaca, resultado de uma overdose acidental de álcool e drogas.

Scott Richard Kline nasceu em 1967, em San Jose, Califórnia, e cresceu entre Ohio e o estado de origem. Ele começou a despontar no início dos anos 1990, à frente do Stone Temple Pilots. A banda surgiu para o público como uma opção mais dinâmica e palatável à melancolia grunge, e o álbum de estreia, Core (1992), emplacou os hits “Creep” e “Plush”.

“Ficamos de saco cheio do rock básico e começamos a tentar novas coisas”, disse ele. Já conhecido pelo público, o STP só foi ter (parcialmente) o aval da crítica com o single “Interstate Love Song”, maior sucesso do grupo. Junto aos hits“Big Empty” e “Vasoline”, a canção integrou o segundo disco, Purple (1994).

Em 2002, o STP se separou. Entre 2003 e 2008, Weiland deixou aflorar sua veia festiva na companhia de três ex-Guns N’ Roses – Slash, Du McKagan e Matt Sorum –, que ao lado dele e de Dave Kushner compunham o Velvet Revolver. Eles lançaram os discos Contraband e Libertad e emplacaram dois singles (“Slither” e “Fall to Pieces”) nas paradas. O vocalista – que assinou quatro álbuns solo – ainda voltou ao STP entre 2008 e 2011, época durante a qual fez duas passagens pelo Brasil.

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