O campeão Paul Rodriguez continua se sentindo desafi ado pelas manobras mais difíceis
Como muitos skatistas, Paul Rodriguez parece viver em um mundo fantástico. “Todo hobby que eu tive antes do skate, desejei que fosse minha profissão”, revela o californiano de 27 anos que, aos 16, já ganhava a vida andando sobre as quatro rodinhas. “Eu tocava guitarra e queria montar uma banda. Antes disso, lutava caratê e queria estrelar filmes de kung fu. Quando comecei a andar de skate, quis ser profissional – e desta vez deu certo.” Aliás, deu mais certo do que ele poderia sequer imaginar. Hoje, Rodriguez é um dos grandes nomes da curta história do esporte, e chegou a tal posição com grandes exibições tanto em vídeos promocionais como em competições como o X Games, do qual é recordista de medalhas na categoria street (foram quatro de ouro, a última em julho deste ano, além de uma de prata e outra de bronze).
“O que gosto nas competições é o desafio. É diferente – você tem uma chance para fazer, e fazer bem feito, e nunca sabe o que o outro cara preparou”, explica. E é o desafio que parece movimentar a carreira de Rodriguez, que garante que nunca irá se cansar do skate, porque “é impossível saber tudo, conseguir fazer todas as manobras. O maior obstáculo pode ser você mesmo. Você tem que pensar: ‘Eu posso fazer isso, é para isso que eu estou aqui’.”
De truque em truque, de desafio em desafio, P-Rod se tornou um ícone e viu quão célebre é ao desembarcar no Brasil. “Pela primeira vez me senti como um popstar”, brinca. As viagens pelo mundo e a vida de astro são cortesia de empresas multinacionais interessadas nas manobras, no carisma e no talento que Rodriguez transmite nas filmagens. As câmeras, ele planeja, não deixarão de mirá-lo, mesmo se um dia tiver que abandonar o skate: “Daqui a muitos anos eu gostaria de ser ator”, promete.
Até lá, Paul Rodriguez continua a saga em busca de aprimorar sua técnica e aumentar seu repertório. “Por mais que as pessoas falem quão bom você é, uma manobra pode te desafiar e te deixar maluco”, diz. “Definitivamente estou melhor do que nunca, mas sei que posso melhorar muito ainda. É a minha meta diária: estar melhor do que no dia anterior.”