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O Mais Mortal dos Jogos

Por dentro de Game of Thrones, o épico mais sexy e sangrento da televisão

Logan Hill Publicado em 10/05/2013, às 12h12 - Atualizado às 12h24

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Peter Dinklage retorna como Tyrion Lannister na terceira temporada da série - Divulgação
Peter Dinklage retorna como Tyrion Lannister na terceira temporada da série - Divulgação

"Nudez. Sangue. Espadas. Dragões. E nudez”, diz Kit Harington, que interpreta o guerreiro exilado Jon Snow no sucesso do canal HBO Game of Thrones, explicando como os romances de George R.R. Martin se tornaram um fenômeno pop com 11,6 milhões de espectadores só nos Estados Unidos e vendas recorde de DVDs. “Eu adoraria saber a contagem de peitos mostrados. Devem ser centenas. E quantos pênis?”

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Na segunda temporada, Game of Thrones mostrou bordéis cheios de seios, sexo ilícito, absurdo, sádico – além de dragões, guerreiros mortos-vivos e um assassino conjurado da vagina de uma bruxa. Tyrion Lannister, o hedonista personagem interpretado pelo anão Peter Dinklage, virou símbolo sexual. Membros foram decepados com tanta satisfação, que a série parecia estar em uma disputa bizarra com The Walking Dead – e vencendo. Onde mais um homem pode dizer “Vou estuprar a porra do cadáver de quem morrer com a espada limpa!”?

Mas a verdadeira razão da expectativa para a estreia da nova temporada é que a anterior terminou de uma maneira eletrizante. O penúltimo episódio, “Blackwater”, mostrou a cena de batalha mais elaborada da TV, tão grandiosa quanto qualquer coisa que Peter Jackson tenha filmado para O Senhor dos Anéis. “Até cinco ou seis anos atrás não seria tecnicamente possível fazer uma série com este refinamento visual e amplitude”, diz o produtor executivo e criador, David Benioff, sobre a produção colossal.

Bem antes do início das gravações da terceira temporada, Martin, Benioff e o também criador D.B. Weiss entraram em acordo de que o terceiro livro de Martin, A Tormenta de Espadas, precisaria ser dividido em duas temporadas. “Todas as tramas levavam a este livro”, diz o editor executivo de roteiro, Bryan Cogman. “Há uma porção de momentos fortes focados nos personagens, todos com ramificações enormes no futuro da série.”

“Não é uma megabatalha de uma hora, mas é nossa melhor temporada”, complementa Benioff. “É um filme de dez horas, com começos, meios e fins.”

A nova temporada não simplifica nada: expande ainda mais o já enorme elenco de personagens. Citando rapidamente, os espectadores conhecerão um bando de mercenários, os Bravos Companheiros, e todo um exército de selvagens liderado por Mance Rayder, um dos personagens favoritos dos fãs dos romances (interpretado pelo ator irlandês Ciarán Hinds). Entre as paredes do castelo, também encontramos a futura sogra infernal do maligno Joffrey: Olenna Tyrell, interpretada por Dame Diana Rigg. “Ela é uma de nossas favoritas”, diz Weiss. “Em um mundo onde há um punhado de mulheres fortes, Olenna é definitivamente sarcástica, mordaz e poderosa, com um senso de humor vulgar.”

Mas voltemos ao sexo: Weiss promete que “haverá mais envolvimentos românticos nesta temporada”. Para começar, o personagem de Harington, Jon Snow, terá um romance no norte congelado com a ruiva Ygritte (“Não transei muito até agora”, diz o ator. “Fiquei cercado de neve, sem chance de ficar pelado”).

Harington dispensa a ideia de que Thrones é só uma fantasia masculina adolescente. “Saiu uma matéria no New York Times que achei meio equivocada, porque fazia parecer que Game of Thrones é o sonho erótico de todo fanboy”, ele diz. “Não é uma série para rapazes. Os personagens mais fortes são mulheres: Catelyn, Cersei, Daenerys.”

Todo o sexo, violência e cifras absurdas não significariam nada se os personagens de Game of Thrones não parecessem familiares e modernos. “A série tem elementos de fantasia”, diz Nicolaj Coster- -Waldau, que faz o vilão Jaime Lannister. “Mas o principal são os humanos lidando com a vida e toda aquela merda, do modo como todo mundo faz. É muito real.”

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